ESPECIAL ABED

A integração das tecnologias móveis ao contexto educativo

De acordo com a pesquisa realizada pelo Mobile Ecosystem Forum (MEF), o Brasil é o segundo país que mais utiliza o WhatsApp para se comunicar, com 76% dos assinantes móveis inseridos na plataforma, atrás apenas da África do Sul.

Partindo do princípio de que é o uso constante das pessoas que torna uma tecnologia de fácil acesso e manuseio, é possível pensar que o uso informal do WhatsApp possibilitaria também abrir espaço para o seu emprego na área educacional? Neste caso, ele facilitaria tanto a comunicação do professor com o aluno, quanto a elaboração de materiais e recursos mediadores da aprendizagem, sinalizando um projeto pedagógico inovador?

A ideia de trazer dispositivos móveis para a educação começa no final da década de 1960, quando Alan Kay criou o conceito de Dynabook, com a intenção de criar um computador para crianças de todas as idades. Conhecido como mobile-learning, o conceito representa a integração das tecnologias móveis no contexto educativo, permitindo que professores e alunos criem novos cenários de aprendizagem a distância.

Em contrapartida, hoje em dia a dispersão e a desatenção se tornaram problemas que afetam diretamente os estudantes, sobretudo por causa das “multitelas”, tendo em vista que boa parte do que é recebido por eles em seus aparelhos não se trata de conteúdo de aprendizado. Até que ponto esta plataforma tão pessoal conseguiria prover informação, comunicação e aprendizado de forma eficaz?

Essa análise é feita no estudo “O mobile-learning como suporte pedagógico para a formação continuada de professores universitários – o desenho de um planejamento”, realizado pela tutora dos cursos de Biologia, Química, Matemática e Física da Uninter Joice Martins Diaz, apresentado no congresso da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), que aconteceu de 3 a 7 de outubro em Florianópolis (SC).

De acordo com a autora, é necessário que o professor esteja constantemente integrando-se aos novos sistemas de trabalho e aprendizagem para progredir em sua profissão. “Não basta a formação docente apenas. É necessário que o professor esteja pronto para encarar novos desafios, estando disposto a aprender além da sua formação inicial. Diante disso, é relevante pensar em formação continuada constante, não só no sentido de aprimoramento de conteúdo, mas também de novas técnicas e tendências”, pontua. Ela complementa que essa também é uma forma de obter a atenção do aluno por meio de ferramentas já presentes no seu cotidiano.

 

Apresentação na ABED

Segundo Joice, o evento é importante pois abre espaço para que pesquisadores, educadores e gestores de educação a distância possam divulgar seus trabalhos científicos, compartilhando relatos de experiências inovadoras. Além disso, é possível participar de mesas redondas com especialistas do Brasil e de outros países, assistir palestras, inserir-se em grupos de trabalho de diferentes áreas de atuação e estabelecer contatos com diversos profissionais.

“Foi a primeira vez que participei da ABED. Para mim foi uma experiência ímpar, não só por tudo que conheci sobre o universo da EAD, mas pela rica experiência relacionada à apresentação de trabalho oral, bem como assistir a outras apresentações de trabalhos, de outros professores e alunos. Essa importância se dá pela carreira de pesquisadora, mestranda e professora, que sempre deve estar aprendendo”, conclui a tutora.

 

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Autor: Caroline Paulino – Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König / Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal

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