7 passos para ser um empreendedor de sucesso

Autor: Nayara Rosolen e Fillipe Fernandes - Estagiários de Jornalismo

Iniciar um empreendimento não é tão simples quanto pode parecer. Ter uma boa ideia e disposição para colocá-la em prática é importante, mas, mais do que isso, uma empresa necessita de planejamento sobre um conjunto de áreas que a envolvem. É fundamental saber administrar cada uma delas para então obter o sucesso desejado sobre o produto ou serviço ofertado.

O Programa Bom Negócio – Vale do Pinhão, iniciativa da prefeitura de Curitiba (PR) e da Agência Curitiba de Desenvolvimento S.A, da qual a Uninter é parceira, visa capacitar os empreendedores em cada uma dessas partes que, juntas, formam um negócio bem-sucedido. Uma equipe de professores especializados da Escola Superior de Negócios (ESGCN) e da Pós-graduação da Uninter trabalharam juntos para a formação desses profissionais durante sete semanas e deram dicas valiosas para estruturar e impulsionar uma empresa, visando os melhores resultados.

  1. Descubra o melhor modelo de negócio para você

Muitos empreendedores têm investido no modelo de negócio das startups e esse foi o tema das aulas ministradas pela professora Elaine Hobmeir, coordenadora dos Cursos Técnicos Uninter (UninterTech), que pôde apresentar aos profissionais o que são essas empresas e quais desafios são encontrados.

Antes de começar a empreender, é importante que o indivíduo conheça cada tipo de modelo, analise casos de fracassos e sucessos, entenda como a empresa funciona, seja ela individual ou em sociedade. Para então, decidir em qual deles encaixa melhor o seu negócio e começar a colocar o projeto em prática.

“São fatores primordiais no empreendedorismo. Eles precisam conhecer o funcionamento das startups para ver se a empresa deles tem potencial para virar uma. Precisam conhecer as inovações na área. Precisam entender o MPV, que é produto mínimo viável, para aprender e evoluir com os erros”, afirma Elaine.

  1. Desenvolva um plano de negócio pessoal

Muitas pessoas sonham em ter o próprio negócio, já outras começam a empreender porque não possuem outras alternativas de trabalho. Seja qual for o caso, é importante que o indivíduo tenha um propósito dentro do negócio e o encare como uma missão, assim atribuindo sentido e significado ao que faz.

“O autoconhecimento é imprescindível para que o empreendedor consiga identificar suas forças, para dar foco às suas qualidades e potencializar seus resultados, além de manter bom relacionamento intrapessoal e interpessoal, que impacta significativamente nas relações de trabalho, sejam com seus clientes ou qualquer outra pessoa envolvida direta ou indiretamente em seu negócio”, aponta a professora Andressa Meneghelli, que ministrou aulas de Gestão de pessoas.

A qualidade de vida no trabalho é importante para equilibrar o profissional e o pessoal, não comprometendo nenhuma área. O plano de negócio pessoal permite clareza nos propósitos e metas para alcançar os resultados desejados. Além disso, colabora para que as relações sejam mais harmoniosas, consigo mesmo ou com os outros.

“A gestão de pessoas vai muito além de gerenciar pessoas a partir do planejamento, organização, direção e controle, que são os pilares da gestão. Envolve o engajamento e colaboração entre pessoas para o alcance de um objetivo comum, portanto, é imprescindível uma relação ganha-ganha, seja entre empreendedor e cliente, empreendedor e funcionários, empreendedor e fornecedores ou parceiros”, afirma Andressa.

  1. Conheça o público alvo

Nos últimos anos houve um “empoderamento” do cliente, que está muito mais exigente. Devido aos avanços e alto fluxo de informações que eles têm na palma da mão, graças a tecnologia de smartphones e tablets, eles pesquisam com muito mais facilidade, comparando atributos como qualidade e preço. Portanto, é importante que o empreendedor tenha conhecimento sobre especificidades do público alvo de seu produto ou serviço.

Vanessa Rolon, coordenadora do curso de Administração, e Shirlei Camargo, professora do curso de Gestão Comercial, ministraram aulas sobre Produto, mercado, vendas e o novo cliente para os estudantes do Bom Negócio e afirmam que alguns fatores influenciam para se obter os resultados desejados. Como, por exemplo, saber segmentar, compreende o que é valor para entrega-lo no produto ao consumidor, desenvolver estratégias eficazes direcionadas a essas pessoas. É possível adquirir todas essas informações através de pesquisas.

“A pesquisa é essencial para vitalidade do negócio é que ela é factível de ser realizada por qualquer empreendedor que tenha interesse e boa vontade e o melhor: a um custo praticamente nulo. Ao simplificar essas técnicas de pesquisa para esses empreendedores, a gente está dando oportunidade para eles dele entenderem esse consumidor e assim conseguir ajustar as suas estratégias, os seus produtos, os seus serviços para serem mais assertivos e de repente ampliar a satisfação de mercado”, diz Shirlei.

  1. Saiba administrar as finanças

A área de finanças é conhecida como o “coração” da empresa, isso porque se não houver uma boa administração dos recursos financeiros, é pouco provável que um negócio sobreviva. Ainda que existam meios como empréstimos e financiamentos, são alternativas que não funcionam a longo prazo.

É fundamental que os empreendedores tenham conhecimentos sobre suas funções como administrador, elaboração de orçamento, fluxo de caixa, projeção do balanço financeiro, margem de contribuição, taxas de juros, prazos, entre muitos outros. Para então ter noção de saldos positivos ou negativos, saber como e no que investir, por exemplo.

“Se a gente parar para pensar que muitos desses microempreendedores trabalham sozinhos e eles mesmos que vão realizar todas as funções, seja de marketing, seja a própria produção ou prestação de um serviço, também tem que controlar essa parte financeira. É essencial e faz uma interligação com as demais áreas da empresa”, explica a professora Pollyana Gondin, que ministrou aulas de Finanças e Sustentabilidade no Bom Negócio.

O professor Joni Borges ministrou as aulas junto com Pollyana e ressalta dois pontos que considera importantes para o empreendedor que está começando no mercado. “Separar as contas pessoais das contas da empresa e controlar gastos e receitas através de um fluxo de caixa. Pode ser até em duas cadernetas, não tem problema, mas tem que haver o controle das finanças”.

  1. Mantenha uma rotina de criação

A criatividade não é algo que surge do nada, como muitas pessoas pensam, não é um fenômeno que as pessoas nascem tendo ou não. A capacidade de criar depende da ação humana. Criação faz parte da gestão, por isso os empreendedores devem ter sempre em mente que as pessoas são o grande diferencial de uma organização e relembrar o papel delas dentro da empresa.

Esta é uma época em que a tecnologia está muito em evidência e há a inteligência artificial que promete fazer muitas coisas realizadas por humanos, mas nada disso substitui a capacidade de produção humana. O que os avanços têm feito é uma ligação entre as pessoas.

“O que mais a gente está vendo em termos de co-criação é em função das oportunidades que a tecnologia estão nos dando. Ferramentas como o Zoom, como o Google Teams, o Google Meets e várias outras ferramentas de conferência tecnológicas. Elas apenas conectam as pessoas, porque são de fato as pessoas que fazem as coisas acontecerem nas organizações. A tecnologia não põe fim na gestão, ela é sempre meio”, ressalta o professor Claudio Hernandes, coordenador dos cursos de Processos Gerenciais e Negócio Digitais da Uninter, que ministrou aulas de Gestão da criatividade e inovação no Bom Negócio.

  1. Conheça as potencialidades das mídias digitais

As mídias digitais são grandes aliadas para que o seu negócio ganhe visibilidade. As pessoas, de um modo geral, buscam por produtos e serviços através da internet. Ou seja, a divulgação por meio de um site ou mesmo das redes sociais com conteúdos relevantes fazem com que sua marca tenha maior alcance a potenciais clientes.

O próprio meio conta com ferramentas gratuitas que permitem a construção estratégias. Por isso, é fundamental o conhecimento sobre cada uma delas e sua melhor aplicação dentro do seu objetivo.

“Todo empreendedor da atualidade precisa estar atento à tecnologia e seus recursos. Aplicar tecnologia em um negócio pode ser confuso e complexo no início. Eles [os alunos do Bom Negócio] disseram que não compreendiam a importância do marketing, e que confundiam com marketing digital. Saíram das aulas com isso muito mais esclarecido, além de terem conhecido muitas estratégias digitais”, afirma a professora Maria Carolina Avis, professora dos cursos de Marketing e Marketing Digital da Uninter e da disciplina de Marketing, tecnologia e novos negócios do programa.

  1. Acompanhe as novas demandas de mercado

Ainda que muitos tenham em mente que a inovação dentro da empresa aconteça apenas sobre o produto ou serviço ofertado, isso não é verdade. Existem diferentes maneiras de oferecer novas experiências ao cliente ou mesmo internamente na equipe da organização. Esses avanços se renovam a cada dia e durante o programa Bom Negócio os alunos foram apresentados a diferentes meios de inovar no mercado.

É possível que as inovações sejam implementadas nos processos de produção, na liderança, no atendimento ao cliente, entre outros meios. A inovação pode acontecer de diversos modos ou canais e, como empreendedor, é fundamental que esteja atento a todas as novidades que surgem, para pensar em formas de melhorar cada vez mais o próprio negócio.

“O empreendedor, assim como toda a sociedade, tem que perceber que ocorre uma constante transformação, com muitas modificações. É ilusório acreditar no “sempre foi assim”. Para o empreendedor sobreviver, é necessário a inovação”, explica a professora Aline Eberspacher, coordenadora da Pós-graduação e professora do curso de Administração na Uninter, que ministrou aulas de Gestão Inovadora no Bom Negócio.

Os alunos que participaram da terceira etapa do projeto tiveram acesso a todos esses conteúdos transmitidos pelos profissionais especializados. José Valdeci Melo, 56 anos, fez uma reestruturação do seu projeto sobre consultoria em gestão financeira para escolas da educação básica. O empreendedor conta que através do curso pôde desenvolver uma pesquisa, melhorando de seu negócio para maior conversão de clientes.

“Além de me atualizar e reescrever meu modelo de negócio, eu melhorei a ferramenta que eu tinha desenvolvido, melhorei o fluxo de caixa que tem dentro dela com base em alguns modelos que o professor me passou durante o curso. E além disso, eu pude reforçar também a minha intenção de trabalhar diretamente com o WhatsApp para os contatos com o meu público alvo. Esse curso reforçou a minha intenção de fazer dessa forma”, conta.

Stephanie Maia, 28 anos, desenvolveu um projeto sobre camisetas personalizadas e diz que os professores apresentaram o empreendedorismo de uma forma descomplicada, como um conjunto de fatores que se complementam. “O que eu pude observar depois do curso foi a maturidade nas minhas decisões. Sem contar nesse desejo enorme de empreender”, finaliza.

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Autor: Nayara Rosolen e Fillipe Fernandes - Estagiários de Jornalismo
Edição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Pixabay


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