Volume de pesquisa quadruplica em 7 anos na Uninter

Autor: Juce Lopes - Estagiária de Jornalismo

A pesquisa científica faz parte do tripé que sustenta as instituições de ensino superior, ao lado do ensino e da extensão. É através dela que novos conhecimentos são produzidos e que podem fazer a diferença na sociedade. Na Uninter, o número de projetos de pesquisa em andamento quadruplicou em sete anos, passando de 26, em 2012, para os atuais 109.

O número de professores pesquisadores foi multiplicado por seis, saltando de 49 para 285 no mesmo período. Proporção ainda maior de aumento foi registrado entre alunos iniciados na pesquisa científica. Entre bolsistas e voluntários, o número avançou de 108 para 788 de 2012 para 2019 (veja a evolução no gráfico abaixo).

Estes números retratam a importância que a Uninter dá à pesquisa científica. Tanto que em 2012 criou a Coordenação de Pesquisa e Publicações Acadêmicas. Tendo à frente a professora Desiré Dominschek, o setor realiza todos os anos vários encontros e eventos para fomentar a pesquisa científica na instituição.

Todos os anos, por exemplo, ocorrem o Enfoc, Seminário de Pesquisadores Uninter, Colóquio PIBID RP, Encontro de Editores Científicos e o Colóquio do Comitê de Ética. Além desses encontros, a Uninter conta ainda com três programas de pesquisa: Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), Programa de Pesquisa Docente (PPD) e o Programa de Iniciação Científica (PIC).

O PIBID é voltado para alunos do curso de licenciatura em Pedagogia e tem como objetivo desenvolver o aperfeiçoamento de professores para a educação básica. Este programa concede bolsas e possui atividades na instituição e nas escolas parceiras, que inserem os estudantes no contexto da escola pública e promove o exercício da prática docente na educação básica.

Já o PPD tem como objetivo incentivar a pesquisa entre docentes e a produção de conhecimento de professores. Esse projeto de pesquisa estimula interação entre a graduação e a pós-graduação lato sensu e stricto sensu, uma vez que o projeto conta com a participação de professores-doutores (líderes da pesquisa), professores colaboradores (doutores, mestres e especialistas) e alunos da graduação e pós-graduação.

No Programa de Iniciação Científica (PIC), os alunos descobrem novas possibilidades e passam a conhecer melhor a carreira acadêmica. Nesse programa, o aluno tem a possibilidade de receber uma bolsa auxilio, que proporciona descontos em sua mensalidade que podem ser de 50% ou de 100%.

A Uninter também disponibiliza 8 revistas para publicações científicas, sendo elas: Intersaberes, IUS Gentium, Saúde e Desenvolvimento, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Saúde Quântica, Revista de Comunicação, Organização Sistêmica e Humanidades em Perspectiva. Além das revistas, existem 7 cadernos para que alunos da graduação e especialização possam publicar seus trabalhos, como artigos, monografia, TCC.

“A pesquisa no Brasil é essencial e como somos uma instituição de ensino superior, que já temos nossos programas de pós-graduação stricto sensu, é muito importante que concentremos trabalho e esforço na produção de conhecimento a partir do que é desenvolvido em cada área”, afirma Desiré.

Desde a sua criação, a Coordenação de Pesquisa e Publicações Acadêmicas tem aumentado gradativamente as suas atividades. Os projetos se desenvolvem em diversas áreas do conhecimento. Na Escola de Gestão, Comunicação e Negócios, por exemplo, o grupo de pesquisa Inovação e Empreendedorismo nos Cursos de Jornalismo – Brasil e Portugal, coordenado pela professora do curso de Jornalismo Karine Moura Vieira, está focado nas novas práticas jornalísticas, pensando como o curso deve se atualizar para a melhor formação desse profissional.

“Estamos olhando para a formação porque estamos formando pessoas que não vão mais para as redações tradicionais, com toda essa mudança tecnológica, e elas terão que fazer jornalismo de outra forma, isso é um movimento que ocorre no mundo todo”, explica Karine.

Esse grupo de pesquisa teve início neste ano, mas ele é o resultado de uma sequência de projetos que surgiram em Porto Alegre (RS) e hoje conta com parcerias internacionais. “Esse projeto tem parceria com ESPM de Porto Alegre, Universidade Estadual de Ponta Grossa e com professores da Universidade Nova de Lisboa (Portugal), sempre pensando a prática do ensino, quais ferramentas vamos oferecer, quais disciplinas e o que terá que mudar no ensino do curso de Jornalismo para atender essa nova realidade”, afirma Karine.

O grupo é composto por três alunos voluntários e um bolsista. A possibilidade de fazer parte do PIC está sendo uma experiência nova e enriquecedora para a estudante de jornalismo e voluntária do grupo, Leticia Oziecki. “Eu acho incrível a possibilidade de poder fazer parte do grupo de pesquisa, muitos alunos não sabem que podem produzir algo além do que é feito em sala de aula, aqui aprendemos como fazer artigos e podemos abrir possibilidades para outras coisas”.

Incentivo à pesquisa

Apesar da série de cortes de verbas que ocorreram esse ano no Brasil, para a manutenção da pesquisa em universidades públicas, a Uninter vem investindo e crescendo a cada ano na pesquisa acadêmica da instituição.

“Nós vivemos um momento complicado no país, mas é importante a gente dizer que a há um esforço grande da Uninter em manter essas relações diretas com a produção da ciência e da tecnologia, pensando a dimensão das várias áreas. Então, acho que esse é o momento de refletirmos no Brasil a questão do financiamento para educação e principalmente para pesquisa e como isso está sendo direcionado no país”, conta Desiré.

Para Karine, a pesquisa foi essencial na sua carreira e por isso não há como pensar a formação e o ensino sem pensar na pesquisa, pois ela traz o olhar da inovação e faz com que a prática seja pensada e melhorada.  “Eu fui bolsista de iniciação científica, há vinte e poucos anos eu estava no lugar desses alunos, foi nela que comecei e influenciou muito como eu vejo a prática jornalística”, diz.

“Voltei para a academia depois de 10 anos trabalhando no mercado. Fiz mestrado e doutorado, optei por esse mundo justamente para pensar melhor a prática. Esse ano houve uma série de cortes que estão tirando a oportunidade de muitos, mas aqui nós temos essa oportunidade, é uma oportunidade muito rica de poder desenvolver pesquisa e de termos esse espaço”, conclui a professora.

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Autor: Juce Lopes - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Juce Lopes - Estagiária de Jornalismo


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