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Um esporte inclusivo numa história de rejeições

A prática de esportes para pessoas com deficiência é uma iniciativa que vem se popularizando no Brasil. Exemplo disso é terapia, competição e interação social. Em maio deste ano, ocorreram em São Paulo os Jogos Paralímpicos Universitários 2018, competição nacional que abrange oito categorias. São elas: atletismo, natação, bocha, judô, parabadminton, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e basquete 3×3.

A estudante de Pedagogia da Uninter Lais Maryana Soares Pinto representou a instituição nos jogos. A estudante voltou para casa com uma medalha de ouro nos 100 metros livre, uma nos 100 metros costas e uma prata nos 50 metros livre. Lais nasceu com deficiência física e neurológica (paralisia cerebral), por falta de oxigênio no parto. A deficiência prejudica todo o lado direito do corpo, principalmente braço e perna.

A vida e o esporte

Para quem enfrenta dificuldades de adaptação física aos ambientes sociais, situações como bulling no colégio e rejeição no trabalho se tornam mais dolorosas. Na adolescência de Lais, o que ajudou a passar por essas barreiras de forma mais tranquila foi a natação. Conheceu o esporte através do projeto Talento Olímpico do Paraná, o maior programa em nível estadual de incentivo ao esporte no Brasil.

Começou a praticar natação aos 8 anos de idade. De início, era uma atividade para ajudar em seu desenvolvimento motor. Mas a esportista transformou esta necessidade em oportunidade de conquistar prêmios. “Ganhar essas medalhas me mostrou que não posso desistir”, comenta a nadadora.

Na sala de aula, nunca teve a oportunidade de conviver com pessoas que enfrentam os mesmos dramas. Os Jogos Paraolímpicos Universitários 2018 permitiram uma experiência fundamental para ela ver que não estava sozinha. “A cada campeonato conheço novas histórias de superação que me motivam ainda mais”, compartilha a esportista.

A pedagogia

A educação faz parte da construção de um mundo mais altruísta e inclusivo. Por este motivo, Lais escolheu o curso de Pedagogia. Fazer diferença na vida de outras crianças com deficiência é o principal objetivo da estudante. “Não quero que outras crianças passem pelas situações de humilhação que enfrentei”. Ela ainda comenta que o esporte anda de mãos dadas com a educação. “Competições como os Jogos Paraolímpicos Universitários 2018 são um grande incentivo para maior dedicação na sala de aula”, conclui.

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Autor: Arthur Neves – Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal

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