Transmissão ao vivo para todo o país aponta as falhas na reforma do ensino médio

Alice Gonçalves – Estagiária de Jornalismo

A Reforma do Ensino Médio (Medida Provisória 746/2016) foi tema de debate realizado pela Escola Superior de Educação da UNINTER, no dia 17 de outubro. A discussão, realizada na unidade das Araucárias, em Curitiba, foi transmitida ao vivo para todos os polos da instituição no Brasil.

O debate foi conduzido pelos professores Everson Nauroski e Luís Lopes, dos cursos de Licenciatura em Filosofia e Sociologia da UNINTER. Estiveram presentes também o doutor em Educação Rui Valese, o professor Marcello Locatelli e o coordenador dos cursos livres Pré-Enem do IFPR/Eureka e Pré-Enem Uninter, Marlus Geronasso.

Na ocasião, foram debatidos os fundamentos sobre os quais pretende-se ancorar a proposta de reforma. Os professores apontaram para a necessidade da participação da sociedade nessas discussões, principalmente de professores e alunos. Eles defendem ainda que são fundamentais os conteúdos como Educação Físicas, Artes, Filosofia e Sociologia.

Segundo Lopes, o objetivo da medida é oferecer um ensino médio de melhor qualidade. No entanto, a forma como está sendo conduzida não traz boas perspectivas. Ele pondera que há pontos, como a retirada da obrigatoriedade de disciplinas fundamentais, que vão na contramão da proposta. “Por que oferecer menos, quando precisamos de uma educação de melhor qualidade?”, contesta.

O professor Everson Nauroski concorda que o ensino médio precisa de uma reforma, mas ressalta que as mudanças precisam ser discutidas com os coletivos de educação de modo amplo, profundo e democrático. Para ele, a Medida Provisória 746 está sendo encaminhada cheia de atropelos e equívocos, deixando alunos, familiares e educadores inseguros.

“Do jeito que está formatada [a MP], terá implicações prejudiciais, ampliando o dualismo educacional brasileiro. De um lado, uma educação eminentemente técnica para o mercado de trabalho, destinada principalmente aos filhos dos pobres e trabalhadores, e do outro, uma educação de caráter mais geral que favorece o ingresso no ensino universitário para as classes mais abastadas”, conclui Nauroski.

Não foram apenas os professores que opinaram sobre o assunto. Alunos dos cursos de Licenciaturas da UNINTER de polos de todo o Brasil participaram do debate enviando comentários e questões pelo chat do evento.

Edição: Mauri König

 

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