Técnica para cair no sono

Autor: Poliana Almeida – Estagiária de Jornalismo

Você sabe qual é a atividade humana que ocupa quase um terço de nossas vidas? É o sono. Esse comportamento universal está presente em todas as espécies animais e, para os seres humanos, é essencial para o funcionamento adequado do cérebro.

Segundo a psicóloga Michelle Lodovine Correia da Silva, “cada indivíduo tem uma necessidade de horas de sono para conseguir os benefícios que o dormir traz. Alguns têm sono curto, com menos de 6 horas. Outros precisam dormir mais de 9 horas para terem o funcionamento adequado do corpo e da mente”.

Durante a palestra Mindfulness e outras técnicas para insônia, transmitida pelo AVA Univirtus em 12.julho.2021, Michelle também explicou as consequências da privação do sono. “Privações prolongadas levam a prejuízos físicos e cognitivos graves, podendo levar à morte. Ele pode parecer um processo passivo, mas costuma estar associado com alto grau de ativação cerebral”, conta. O evento é parte do programa Vem Saber, promoção da área de pós-graduação em Psicologia da Uninter,

A psicóloga alerta que a privação do sono é diferente de insônia, doença que atinge cerca de 73 milhões de brasileiros. Não dormir bem uma noite por causa de uma viagem, por exemplo, é uma situação específica e natural. Por outro lado, ter dificuldade constante para iniciar e manter o sono, ou não ter um sono reparador por mais de quatro semanas, já pode ser considerado o estágio inicial de insônia.

“Um breve período de insônia costuma ser associado com a ansiedade, como consequência de uma experiência de estar ansioso. O Transtorno de Ansiedade Generalizada (Tag), por exemplo, é um tipo de ansiedade e é o que mais afeta o sono”, complementa a profissional.

A insônia pode ainda ser dividida por estágios, e cada um deles apresentará sintomas distintos:

  • Insônia primária – dificuldade de dormir independente de qualquer condição física ou mental. Costuma ser caracterizada por dificuldade de pegar no sono e pelo despertar repetitivo.
  • Insônia secundária – ligada a outros transtornos psiquiátricos, como depressão, transtorno de humor bipolar, entre outros.
  • Insônia terminal – também conhecida por despertar precoce ou dificuldade de manter o sono. É a mais frequente.

De acordo com Michelle, para quem tem diagnóstico de insônia algumas estratégias ajudam a relaxar o corpo e a mente. A terapia do relaxamento é uma delas, e consiste em contrair partes do corpo e depois soltá-las para relaxar, o que ajuda na consciência de tensão muscular também. Outra técnica é a de imagem guiada. Lembra da história de contar carneirinhos para dormir? Ela ainda é válida para os dias de hoje.

Entretanto, o que os pacientes mais procuram para tratar as noites mal dormidas é a técnica de mindfulness – ou de atenção plena. Michelle explica que mindfulness nada mais é que uma percepção não julgadora do que está acontecendo dentro de nós e ao nosso redor, a qual advém de práticas meditativas orientais.

“O cultivo de mindfulness através da prática de meditação vem crescendo na cultura ocidental. Nós estamos falando na atenção plena, na atenção do aqui, agora”. Além dos efeitos psicológicos positivos, praticar mindfulness altera o foco e reduz sofrimentos, tais como doenças crônicas, ansiedade e depressão.

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Autor: Poliana Almeida – Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro


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