Startups são grande aposta para o agronegócio

Autor: Poliana Almeida - Estagiária de Jornalismo

Portrait of successful caucasian farmer cattleman in sheep barn.

A Revolução Industrial, que começou no longínquo século 18, modificou radicalmente as relações econômicas e sociais graças a uma série de avanços tecnológicos, como o motor a vapor e as primeiras fábricas. Alguns autores dizem que, hoje, estamos vivendo a quarta revolução industrial da história, e isso engloba áreas como a indústria, os recursos humanos, a gestão e o agronegócio.

Sobre este último, o Agro 4.0, como é chamado, passou a contar com tecnologias de ponta, tais como automação e robótica, drones, internet das coisas e até inteligência artificial. De acordo com a doutora em desenvolvimento econômico Amanda Schuntzemberger, o uso desses equipamentos tem por objetivo otimizar a produção agropecuária em todas as suas etapas. “A partir dos processos produtivos automatizados e digitais, isso vem possibilitando uma geração de dados que, ao serem trabalhados, geram informações para auxiliar os agentes envolvidos no seu processo de tomada de decisões”, explica a pesquisadora.

Essa nova onda tecno-digital tem grandes impactos nos modelos de negócio. Empresas tradicionais estão cedendo espaço às startups que, não por acaso, vêm em constante crescimento no país. Segundo o Panorama Atual Radar Agtech, atualmente são 1.574 startups no mundo agro, atuando antes, durante e depois da porteira, ou seja, ao longo das principais frentes do agronegócio. “Nunca antes na história se falou tanto em startup, ainda mais para o agronegócio. Isso é muito significativo no nosso país, em que o agronegócio tem uma participação importante no PIB (Produto Interno Bruto)”, afirma a doutora em desenvolvimento econômico.

Também chamadas de agtechs, agritechs ou agrotechs, as startups voltadas ao agronegócio são empresas que “trabalham com uma solução que, via de regra, vai aumentar a produtividade e a rentabilidade daquela empresa. E também vai tentar monitorar e mitigar os riscos agropecuários”, esclarece Amanda.

“O Brasil ainda não tem nenhum unicórnio [quando a startup atinge 1 bilhão de reais como valor de mercado], mas temos algumas com valores muito próximos a isso. Estamos bem evoluídos, mas temos algumas questões a resolver. Acredito que estaríamos melhor se tivéssemos uma conectividade melhor no campo, que é um problema de infraestrutura. Afinal, muitas das startups trabalham com tecnologia avançada que depende da conectividade de internet. Mas isso não desabona a evolução das startups em agronegócios no Brasil”, pontua Schuntzemberger.

Entretanto, de nada adianta desenvolver uma tecnologia se o destinatário final não a considerar útil. E para não oferecer uma Ferrari para quem só sabe andar de bicicleta, como descreve Amanda, é importante ter em mente que a criação de uma startup segue algumas etapas, tais como:

  • Concepção da ideia (observação do mercado, experiência, networking, estudos e pesquisas, eventos)
  • Validação da ideia
  • Definição do público-alvo
  • Definição do modelo de negócio
  • Construção do MVP (Produto Mínimo Viável) – é uma espécie de protótipo do projeto criado
  • Validação da solução
  • Lançamento no mercado

Amanda Schuntzemberger participou da live Startups do Agronegócio: From Zero to Hero, evento do programa Vem Saber, promovido pela área de pós-graduação em Negócios da Uninter. Transmitido pelo AVA Univirtus no dia 14.jun.2021 às 19h20, o evento contou com a mediação do coordenador dos cursos de pós-graduação da área de Negócios, Alexandre Francisco de Andrade.

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Autor: Poliana Almeida - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro


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