Somos o resultado das histórias que nos contam

Autor: Ivone Souza - Estagiária de Jornalismo

Todos nós já fomos criança, e assim como as crianças de hoje, gostávamos de uma boa história que fazia nossa mente transbordar de imaginação. As crianças têm um amor natural por contos e fantasias. As histórias ensinam sobre a vida, sobre nós mesmos e sobre os outros. Ouvir histórias é uma maneira única de os pequenos desenvolverem um melhor entendimento a respeito da cultura. Além disso, histórias promovem uma atitude de aceitação das pessoas diferentes, seja de raças, nacionalidades ou religiões.

O ato de contar histórias pode ser visto como a forma mais antiga de ensino. Ele uniu as comunidades humanas primitivas, e formulava respostas e interpretações para questões existenciais, como o sentido da vida e da morte. Os personagens dramáticos, as reviravoltas no enredo e os lugares encantadores nos fascinam, à medida que somos transportados para os mundos da imaginação.

No artigo A arte de contar histórias como prática pedagógica, publicado no Caderno Intersaberes da Uninter, a estudante Tatiane Corrêa Dias e a professora Gisele Cordeiro do Rocio, do curso de Pedagogia, analisam a relevância dessa prática para a educação infantil.

Contar histórias é uma forma criativa de expressão, em que a imaginação é traduzida em palavras. Conforme as autoras apontam no texto, inserir essa prática no ensino contribui no desenvolvimento das habilidades cognitivas.

Além disso, um bom contador de histórias também incentiva a imaginação ativa da criança ouvinte, permitindo que ela se torne cocriadora da história. Pois as crianças são curiosas e se envolvem com os personagens e seus dilemas. A habilidade de escuta e a concentração também são positivamente impactadas pela prática, pois para apreciar a história completamente, é preciso prestar atenção nos detalhes.

Além disso, as histórias agem de forma terapêutica na vida das crianças, pois permitem que elas desenvolvam sua capacidade de resiliência e a coragem para vencer seus medos. Outra vantagem pedagógica da prática é que a narração estimula o desenvolvimento da linguagem. É fácil ensinar o significado de novas palavras no contexto da história.

“A sequência contínua dos fatos vivenciados pela criança auxilia no desenvolvimento infantil. Sendo assim, a contação de histórias na Educação Infantil privilegia este desenvolvimento como atividade interativa e pedagógica, tornando-se útil para contribuir, valorizar e agregar ao desenvolvimento infantil”, argumentam as autoras.

Contar histórias é muito mais do que simplesmente ler um livro em voz alta. Por isso, Tatiane e Gisele ressaltam que é importante que o educador conheça as técnicas adequadas a ser um bom “contador de histórias”, sabendo abordar e contextualizar cada tema de forma atraente para os estudantes. Dessa forma, o educador será capaz de tirar o máximo proveito desta excelente prática pedagógica.

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Autor: Ivone Souza - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Pixabay


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