Vem Saber debate saúde mental e prevenção ao suicídio

Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismo

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), ocorrem cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil. São mais de 1 milhão de suicídios em todo o mundo.

Visto como uma questão de saúde pública, o tema foi o foco do evento Vem Saber realizado pela Escola Superior de Saúde Única da Uninter (ESSU) no dia 16 de setembro na sede Garcez, em Curitiba (PR).  Alinhado à campanha do Setembro Amarelo, o encontro reuniu especialistas para debater questões relacionadas à saúde mental e prevenção do suicídio.

O evento, realizado de modo presencial, teve a presença do reitor da instituição, Benhur Gaio, do pró-reitor de graduação, Rodrigo Berté, e do diretor da Escola Superior de Saúde Única, Cristiano Caveião, além de professores e coordenadores da Uninter.

 

Tabu em pauta

A professora e coordenadora do curso de Bacharelado em Psicanálise da Uninter, Giseli Cipriano Rodacoski, apresentou o evento e reforçou que somos resultado da nossa herança genética, das nossas experiências ao longo da infância e adolescência e das nossas relações ao longo da vida. Isso é o que especialistas chamam de paradigma biopsicossocial, que faz parte da nossa compreensão a respeito do sentido da vida.

Se a nossa visão do mundo é resultado de múltiplos fatores, os problemas relacionados à saúde mental também têm motivações diversas. Quando se trata de suicídio, é necessário tratar o tema como um ato complexo, decorrente de muitos fatores, e que está relacionado aos quatro D’s: depressão, desespero, desesperança e desamparo.

“É preciso falar mais sobre o tema, porque ele ainda é um tabu na sociedade”, diz.

O ato é apontado como uma das três principais causas de morte de pessoas entre 15 e 29 anos. Entre aqueles que tentam, mulheres estão em maior número. Também são destacados os jovens que moram sozinhos, indivíduos com transtorno mental ou que tenham dependência química.

“Quem pensa em se matar, só quer matar o próprio sofrimento. Nós precisamos ter um olhar refinado para identificar certas nuances e promover a identificação precoce”, diz a psicóloga da Secretaria de Segurança Pública do Paraná, Luciani Neri, que palestrou no evento.

Visando ao bem-estar da população mundial, a redução do acesso a métodos letais é uma das principais recomendações feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a prevenção do suicídio.

Além dessa medida, especialistas dão dicas pontuais, como ouvir mais e falar menos, e ressaltam a importância do apoio da família e amigos para benefício do indivíduo.

Na opinião de Luciani Neri, é fundamental preparar os profissionais para atuarem em relação a isso. Educar a mídia sobre a cobertura responsável e promover habilidades socioemocionais são aspectos que também podem fazer diferença na prevenção ao suicídio.

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Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski


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