Ronald Fast mostra para jovens aprendizes como se proteger de crimes cibernéticos

Os colaboradores do Programa Jovem Aprendiz do Instituto IBGPEX, projeto em parceria com o Grupo Uninter, e estudantes vinculados ao polo Carlos Gomes, no centro de Curitiba (PR), assistiram a uma palestra sobre Crimes Cibernéticos, realizada pelo superintendente de Infraestrutura e Segurança da Informação da Neoconsig, Ronald Fast, no dia 26 de setembro.

A gerente de projetos sociais do IBGPEX, Rosemary Suzuki, recepcionou os participantes e deu início ao evento com uma apresentação das frentes de atuação do Instituto de responsabilidade socioambiental da Uninter, que carrega a missão de despertar pessoas para transformar positivamente o seu entorno.

Com uma bagagem de 20 anos de atuação em instituições financeiras, em cargos como analista de sistemas, especialista compliance e coordenador de prevenção à lavagem de dinheiro (LPD), o profissional falou sobre os riscos digitais e atuais desafios da proteção de dados. Compartilhou experiências que mostram como a segurança vai além da tecnologia, e passa pelo comportamento humano.

“Além da educação financeira para os jovens de hoje, que é extremamente importante, precisamos fazer nossa parte e contribuir para a segurança digital deles. Quando trazemos dicas de boas práticas, que podem ser utilizadas tanto na vida pessoal quanto no início da sua vida profissional, conseguimos diminuir o risco de estarem expostos e serem agentes de divulgação dessa cultura de segurança”, salienta o convidado.

Fast destacou a engenharia social, uma técnica de manipulação psicológica e hoje um dos principais instrumentos de criminosos virtuais. Esse tipo de abordagem tira o foco dos ataques técnicos e explora a vulnerabilidade dos indivíduos, que se tornam responsáveis por fornecer senhas, números de cartão ou documentos pessoais, por exemplo.

Uma das técnicas apresentadas é o phishing, quando e-mails ou mensagens falsas que se passam por comunicações de empresas para induzir cliques em links maliciosos. Esse método, segundo o especialista, utiliza de emoções como curiosidade, medo e urgência, que fazem com que as pessoas tomem atitudes sem pensar, fragiliza a tomada de decisão e abre brechas para ataques.

A aprendiz no setor de Administração de Pessoal da Uninter, Ana Vitória de Paiva, de 18 anos, conta que já viveu uma experiência como essa enquanto passava por um processo seletivo de emprego. Na ocasião, os criminosos enviaram um e-mail com um link, afirmando que a jovem precisava fazer um curso e se certificar para garantir a aprovação na vaga. Ao ligar para a instituição de ensino indicada, tentaram pegar seus dados e logo percebeu que era um golpe.

“Gostei muito da palestra, foi muito informativa, realmente acontecem coisas absurdas. Vai ajudar muito. Tenho meus avós em casa, eles já são um pouco de idade e às vezes não acreditam que possa acontecer. Mas ele trouxe esse conhecimento para nós na palestra e foi muito bom. São coisas que vamos poder passar para os nossos familiares”, comenta Ana Vitória.

Para a professora e instrutora do Programa Jovem Aprendiz, Maria Emília Freitas, a palestra vai ao encontro do módulo que estão estudando neste período, sobre Educação Financeira para Comportamento do Consumidor na Era Digital. “É de extrema importância falarmos sobre crimes cibernéticos em um momento que os jovens estão a todo momento conectados à tecnologia. Só veio agregar ainda mais conhecimento”, garante.

O palestrante recomenda medidas de proteção, com atitudes simples, mas que podem fazer a diferença. Desconfiar de contatos não solicitados que pedem informações, verificar remetentes e links antes de clicar e informar o setor de TI da empresa sobre mensagens suspeitas, são cuidados que podem contribuir para maior segurança.

Fast ainda chama a atenção para o acesso irrestrito de crianças e adolescentes ao ambiente virtual, que, para além de entretenimento, pode abrir espaço para riscos mais sérios, como adultos que se passam por jovens colegas virtuais para se aproximar das vítimas.

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