Poluição do rio Poti e a importância da educação ambiental

Autor: Evandro Tosin - Assistente de Comunicação Acadêmica

Fatores como despejo de efluentes domésticos e industriais sem o tratamento adequado, falta de manutenção das galerias pluviais, lixo acumulado e proliferação de aguapés no período da estiagem contribuem para a poluição do rio Poti, localizado em Teresina, no Piauí. O rio é o segundo maior afluente do rio Parnaíba, o mais importante curso da bacia hidrográfica do estado, com 538 quilômetros de extensão. A educação ambiental ainda é um desafio para a conservação hídrica do rio Poti.

No artigo Educação ambiental e conservação hídrica do Rio Poti, publicado na revista científica Meio Ambiente e Sustentabilidade da Uninter, os pesquisadores Francisco Sousa e Silvana Maciel entrevistaram moradores dos bairros Morro da Esperança e Primavera, da região norte de Teresina, sobre a participação de campanhas de educação ambiental. A pesquisa de campo revelou que 90% dos entrevistados nunca responderam pesquisas de conscientização ambiental e 97% avaliaram que a educação ambiental é um instrumento eficiente para alcançar o equilíbrio ambiental.

Entre os problemas de degradação ambiental, a grande quantidade e crescimento acelerado de aguapés (plantas flutuantes com grandes folhas redondas que cobrem o rio Poti) indica que ele está poluído e a qualidade da água está baixa, dificultando a vida de organismos aquáticos. Por outro lado, os aguapés em pouca quantidade têm aspectos positivos, porque se abastecem de resíduos suspensos, entre eles, esgoto sem tratamento.

Educação ambiental

De acordo com os autores do artigo, as campanhas buscam despertar na população uma consciência ambiental preventiva, participativa e proativa. Entre as soluções e melhoria da qualidade de vida da população local, são necessárias ações preventivas e corretivas dos órgãos públicos ambientais.

Entre elas estão a fiscalização das atividades realizadas próximas às margens do rio Poti, maiores informações a respeito da degradação, a conservação deste recurso hídrico e a expansão da rede de esgotamento sanitário, que no momento corresponde a somente 31% do município de Teresina.

A pesquisa ainda concluiu a importância do monitoramento da qualidade da água, restrições ao uso e ocupação do solo, retirada do lixo acumulado nas margens do rio, aumento da quantidade de lixeiras e a presença de placas de educação ambiental nas áreas urbanas junto ao rio Poti.

De acordo com dados do IBGE, o município de Teresina possui 868 mil habitantes. O painel de Saneamento Básico Brasil aponta que 557 mil pessoas residentes em Teresina não possuem coleta de esgoto.

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Autor: Evandro Tosin - Assistente de Comunicação Acadêmica
Edição: Arthur Salles - Assistente de Comunicação Acadêmica
Créditos do Fotógrafo: Zig Koch/Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico


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