Planejamento estratégico na saúde pública

Autor: Andrew Silva Alfaro

As Políticas Públicas desenvolvidas pelo Estado têm como finalidade a garantia dos direitos dos cidadãos estabelecidos pela Constituição Federal. Através do conhecimento das necessidades de saúde que a população possui, é possível realizar um plano de ação objetivo e contínuo.

Tendo em vista que planejar significa conhecer a necessidade e, a partir dela, acompanhar, monitorar e intervir na execução das ações, é necessário que tenhamos um alinhamento entre a eficiência e o planejamento. Além disso, o reconhecimento do território tem como objetivo identificar as  necessidades de saúde tendo em vista que ele está em permanente  construção e reconstrução.

O planejamento em saúde adequado interfere diretamente na qualidade da assistência e na resolução dos problemas que podem ocorrer dentro dos setores. Quando pensamos em planejamento em saúde, temos algumas ações importantes, como a análise da situação e o levantamento de prioridades dos problemas. O objetivo da análise situacional será o de permitir uma identificação mais precisa dos problemas e orientar a definição das medidas a serem tomadas, definindo os objetivos, metas e diretrizes a serem adotadas.

O relatório divulgado pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) revela que 72,69 milhões de pessoas no Brasil não têm cobertura pelo programa de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), conhecido como Estratégia Saúde da Família (ESF). Esse número representa 34% da população brasileira. Além disso, pelo menos 33,3 milhões de pessoas não são atendidas por planos de saúde privados.

Melhorar o atendimento na saúde pública é um objetivo crucial para garantir o bem-estar e a qualidade de vida da população. Para alcançar esse objetivo, é necessário adotar uma abordagem abrangente e coordenada que trate de diferentes aspectos do sistema de saúde.

Em primeiro lugar, é essencial investir na infraestrutura e nos recursos humanos dos serviços de saúde. Isso inclui garantir que hospitais, clínicas e centros de saúde tenham equipamentos modernos, instalações adequadas e profissionais qualificados para fornecer cuidados de qualidade. Além disso, é fundamental fortalecer a atenção básica de saúde, que serve como porta de entrada para o sistema de saúde.

Expandir e melhorar os serviços de atenção primária pode ajudar a prevenir doenças, gerenciar condições crônicas e promover a saúde da população de forma mais eficaz. Investir na prevenção e promoção da saúde também é essencial. Campanhas educativas, programas de vacinação, promoção de estilos de vida saudáveis e prevenção de doenças podem reduzir a incidência de doenças e melhorar os resultados de saúde a longo prazo. A implementação de tecnologia da informação também pode desempenhar um papel importante na melhoria do atendimento na saúde pública. Sistemas de registro eletrônico de saúde, telemedicina e outras tecnologias podem melhorar a eficiência, a coordenação e a qualidade dos cuidados de saúde.

Em resumo, melhorar o atendimento na saúde pública requer um compromisso contínuo com o investimento, a inovação e a colaboração entre todos os setores envolvidos na prestação de cuidados de saúde.

Andrew Silva Alfaro graduado no curso de Auditoria em Saúde e pós-graduado no curso de Auditoria em Saúde pela Uninter.  É professor (tutor) nos cursos de Gestão em Vigilância em Saúde e Práticas Integrativas e Complementares da Uninter.

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Autor: Andrew Silva Alfaro
Créditos do Fotógrafo: Marcelo Camargo/Agência Brasil


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