Os riscos dos medicamentos para o meio ambiente

Autor: Leonardo Tulio Rodrigues – Estagiário de Jornalismo

Segundo informações publicadas pelo Conselho Regional de Farmácia do Paraná, o Brasil é o sétimo país que mais consome medicamentos no mundo. O alto volume de remédios consumidos no país gera um problema ambiental, já que boa parte dos medicamentos vencidos acaba sendo descartada de forma inapropriada, e vai parar em lixões, terrenos e rios.

Vinícius Bednarczuk, professor do curso de Farmácia da Uninter, faz um alerta: “Quem usa um medicamento sabe o que esse medicamento é?” Ele foi o convidado do programa Estação Sustentável, da Rádio Uninter, transmitido no dia 04.abr.2022, e falou sobre o problema do descarte de medicamentos.

Afinal, o que é um medicamento?

Por definição, é chamado medicamento toda substância química que possui efeito terapêutico, alocada em uma forma farmacêutica, como xarope, solução, cápsula ou comprimido. De acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, “toda a população deve ter acesso, em qualquer momento, gratuitamente ou de forma subsidiada, a esse produto de primeira necessidade”.

Bednarczuk explica que quando ingerimos um remédio, a substância chega no nosso aparelho gastrointestinal e é absorvida. Nesse processo, ela passa pelo fígado para ser metabolizada. De toda a substância, 70% é de fato metabolizado e 30% é excretado pelo corpo pela urina e fezes.

Ou seja, 30% de todos os medicamentos que a população brasileira consome chegam ao meio ambiente através do esgoto, sem receber o tratamento devido. “Não existe um tratamento para inativar as substâncias no esgoto em determinados lugares”, explica.

As substâncias dispersadas na natureza entram em contato com o solo, podendo atingir pessoas e animais e provocar desequilíbrio no meio ambiente. Além disso, elas também estão presentes na água que a gente consome diariamente, mesmo que em quantidades inofensivas para a saúde.

Existe forma correta de descarte?

Quando se trata de medicamentos vencidos, é preciso tomar um cuidado especial. De acordo com Bednarczuk, algumas farmácias e hospitais oferecem pontos de descarte. A caixa e a bula do remédio podem ser descartadas em lixo comum, ao contrário da cartela, que possui resíduos por ter tido contato direto com o medicamento, e por isso deve ir para a coleta apropriada. O professor ressalta a importância de termos consciência quanto ao descarte correto para evitar mais prejuízos ambientais.

O programa Estação Sustentável, apresentado por Arthur Salles, pode ser conferido clicando aqui.

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Autor: Leonardo Tulio Rodrigues – Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Pillar Pedreira/Agência Senado


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