O mercado de trabalho aos profissionais da política, internacionalização e administração pública

Autor: Arthur Salles - Estagiário de Jornalismo

O mercado de trabalho é um conceito complexo e de inúmeras atividades. É comum que iniciantes em alguma área ou estudantes, mesmo aqueles já matriculados em cursos superiores, tenham dúvidas sobre a atuação de uma determinada profissão. Nos campos da política e da administração pública, as perguntas parecem ser ainda maiores, uma vez que esses âmbitos reúnem tantas linhas de desempenho.

A ESGPPJS (Escola Superior de Gestão Pública, Política, Jurídica e Segurança) da Uninter transmitiu em 18.fev.21 uma aula com o objetivo de esclarecer alguns desses questionamentos em relação aos três cursos de bacharelado da escola. As graduações de Administração Pública, Ciência Política e Relações Internacionais foram representadas por seus coordenadores e suas tutoras, como parte da semana pedagógica de aulas inaugurais das cinco escolas superiores da Uninter.

Apesar da proximidade de conteúdos e disciplinas, esses três cursos possuem correntes específicas de atuação profissional, com variedades particulares. Em Relações Internacionais, um pensamento comum é o de que o especialista terá carreira somente no Instituto Rio Branco, prestando serviços ao Estado como um diplomata. A ideia é equivocada, pois, além de outras profissões próprias do Ministério das Relações Exteriores, uma boa parcela dos formandos do curso acaba prosseguindo em outros setores.

O internacionalista é responsável pelo desenvolvimento da relação entre empresas, instituições e governos em aspectos internacionais. Para isso, esses trabalhadores devem dominar os conhecimentos de diversas áreas, como história, geografia, economia e política. São esses assuntos, aliás, que atraem muitos estudantes ao curso.

A função de negociar interesses entre diferentes entidades amplia o escopo profissional dos agentes de Relações Internacionais. Suas atividades podem ser desempenhadas em organizações não-governamentais, órgãos públicos, empresas privadas e organismos internacionais.

Um dos campos mais ligados às Relações Internacionais é o de Comércio Exterior. Enquanto o técnico comercial planeja a logística da exportação e importação de um determinado produto, cabe ao internacionalista estreitar o contato entre as empresas responsáveis pela transação, assim como traçar o melhor plano de compra e venda em tal país estrangeiro.

“É isso que a gente faz, é isso que a gente propõe e estuda: como se conectar com o mundo. Comércio internacional é uma forma de se conectar com o mundo em que a gente se comunica por meio da compra e venda”, comenta a coordenadora do curso, Caroline Cordeiro.

Além das relações exteriores mantidas entre diferentes nações, é importante que outras regiões tenham seus próprios planos de internacionalização. E é aí que entra o agente de Relações Internacionais, como é o caso da paradiplomacia em assessoria internacional para governos municipais e estaduais. Mesmo que um determinado município ou estado não tenha uma secretaria específica para tanto, o internacionalista pode se aproximar de políticos do Legislativo para desenhar projetos de lei que insiram o local no cenário global.

Também com ideia de aproximação técnica do poder público, o profissional de Ciência Política é incumbido de organizar a estratégia de campanhas eleitorais, construir laços governamentais e avaliar políticas públicas.

“A Ciência Política é a profissão da democracia. Onde quer que existam eleições regulares, politólogos e politólogas são necessários”, avalia o coordenador do curso na Uninter, Lucas Massimo.

Num exemplo citado pela tutora da graduação, Karolina Roeder, o PSL (Partido Social Liberal) perdeu sete cadeiras na Câmara dos Deputados durante as eleições de 2018. A “cláusula de barreira” surgiu devido à nova regra, aprovada em 2015 pela minirreforma eleitoral (Lei 13.165/15), que exige que um candidato apto ao Legislativo obtenha em votos um número igual ou superior a 10% do quociente eleitoral. Caberia ao partido, antes das eleições, ter um politólogo que organizasse uma estratégia de colaboração entre os candidatos, não de mera concorrência entre si.

Hoje, somente 16 universidades públicas e privadas brasileiras oferecem o curso de Ciência Política. A Uninter foi a terceira a disponibilizar a formação, inaugurando a graduação no ano 2000.

Com duração de três anos, o curso da Uninter tem a amplitude de formar profissionais para atuação em diferentes áreas, como assessoria parlamentar, lobby ético e marketing eleitoral, em organizações públicas e privadas. A grade curricular abrange estudos de filosofia, comunicação, ética, economia, justiça e, claro, política.

Esses assuntos são comuns à graduação de Administração Pública da Uninter. O curso é voltado a profissionais que atuam direta ou indiretamente com o setor público, pensando em gestão efetiva e bem-estar social.

As atividades da profissão reúnem a compreensão sobre legislação e os trâmites do planejamento público. O trabalhador pode atuar como prestador de serviços ou servidor público, em organizações não-governamentais, assessorias, órgãos públicos e empresas privadas ligadas ao Estado.

O curso da Uninter tem duração de quatro anos. Com foco na educação a distância, seu conteúdo atenta-se às especificidades de cada uma das cinco regiões do Brasil, estudando os diferentes desenvolvimentos regionais, políticos, econômicos e ambientais.

Todas essas profissões também apresentam a oportunidade de desenvolvimento acadêmico. Seja na linha de pesquisa em mestrado e doutorado ou como professor universitário, as oportunidades de especialização são diversificadas em qualquer uma das disciplinas dos cursos. O Programa de Iniciação Científica da Uninter é um bom primeiro passo aos interessados, com grupos de pesquisa relacionados às três graduações e aos demais campos de estudo da instituição.

A aula foi a recepção e inauguração do ano letivo aos calouros e veteranos dos cursos. Para acompanhar a gravação do bate-papo completo dos professores, basta acessar a opção “Aulas anteriores” da aba “Ao vivo” do Univirtus.

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Autor: Arthur Salles - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König


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