O lazer é importante para a qualidade de vida

Autor: *Fabiana Kadota Pereira

É comum as pessoas de diferentes gerações e gêneros apresentarem dificuldades de desfrutar de momentos de lazer. Em muitos casos encontrarmos dúvidas como: Quais atividades posso considerar um lazer? Qual a importância de valorizar o tempo para o lazer? O que é lazer para mim? São perguntas simples, mas de extrema importância quando falamos em qualidade de vida.

Vamos entender o que significa lazer:

Lazer, que vem do latim “licere” – ser lícito, ser permitido -, é normalmente definido como uma série de atividades que o indivíduo pode praticar em seu tempo livre e disponível, ou seja, naquele momento em que não está trabalhando, em tarefas familiares, religiosas ou sociais, e que lhe proporcionam prazer.

Em 1980, o sociólogo Jofre Dumazedier classificou cinco interesses culturais do lazer, sendo: físico-esportivo, artístico, manual, social e intelectual. Em 1986, Camargo incluiu nesta lista o interesse turístico. Em 2003, Schwartz acrescentou o virtual.

Agora, vamos para uma rápida reflexão sobre os interesses citados acima, com qual ou quais você mais se identifica?

Essa resposta é muito importante quando entendemos que podemos nos identificar com um ou mais entre os sete interesses aqui apresentados. Porque quando entendemos qual atividade de lazer consideramos prazerosa, passamos a fazer escolhas pessoais, coerentes com o nosso interesse e com o que realmente nos traz, prazer, descontração e descanso.

Entretanto, muitas pessoas passam horas acompanhando amigos e familiares em atividades que não consideram prazerosas e, portanto, não podem ser consideradas lazer para esse indivíduo. O que devemos entender são as concessões que fazemos para o bom convívio social e familiar. Outra coisa é conhecer o nosso interesse pessoal:  qual é a atividade que me faz bem e é prazerosa?

Observe alguns exemplos dos interesses culturais aqui apresentados:

Há pessoas que têm interesse intelectual e gostam de um bom livro, cinema ou museu. Outros têm interesse manual e preferem cozinhar, fazer jardinagem e até passar horas lavando o carro ou o seu animal de estimação. Sendo que essas atividades para muitos não são consideradas um lazer. O que é um equívoco.

Encontramos também as pessoas que gostam de passear no shopping ou andar de bicicleta, há outras que preferem assistir à televisão. Desta forma, devemos estar cientes que o que é lazer para mim, pode não ser para o outro. Essas reflexões são importantes para não passarmos a vida fazendo coisas que não nos são prazerosas e agradáveis. O bom senso deve ser o equilíbrio entre o que gostamos de fazer no nosso tempo disponível e o que “temos que fazer” pelo convívio social.

Priorizar um tempo para o lazer, se possível, diariamente, seria o ideal: um tempo para você descansar, se divertir, sem compromissos ou preocupações, isso é o que chamamos de educação para o lazer. Não é uma missão fácil, mas é necessária. Quando entendemos que o corpo e a mente precisam relaxar, passamos a valorizar o nosso tempo disponível com boas escolhas, isso permitirá que você aumente a sua expectativa de vida, podendo, assim, desfrutar de momentos únicos, simples e prazerosos.

*Fabiana Kadota Pereira é especialista em Recreação e Lazer e professora da Área de Linguagens Cultural e Corporal nos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física do Centro Universitário Internacional Uninter.

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Autor: *Fabiana Kadota Pereira


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