O ano da superação do secretariado executivo

 

Denise Becker – Estagiária de Jornalismo

“Você é feliz? Na vida é preciso dar sentido às coisas para ser feliz. É preciso fazer o que gosta. Se não ama de verdade o que faz, faz mal feito”. Essa foi a reflexão proposta pelo diretor-adjunto do Sindicato das Secretárias e Secretários do Estado de São Paulo (SINSESP), Fernando Camargo, na palestra de recepção aos alunos do curso de Secretariado Executivo do Centro Universitário Internacional Uninter, nesta segunda-feira (20) à noite, no auditório do campus Tiradentes.

Com muita interação e receptividade ao tema da palestra, “Trajetória profissional de sucesso: você já pensou na sua?”, os alunos ficaram por dentro do perfil profissional que o mercado busca e o que fazer além do que o mercado espera. “Afinal de contas, fazer a faculdade é fácil, difícil é se tornar um profissional diferente dos outros”, diz Camargo, que também é membro da International Association of Administrative Professionals (IAAP).

O professor diz que essa área oferece muitas vagas e geralmente as empresas, das maiores às menores, precisam de um profissional com esse perfil. Às vezes não tem esse nome, secretariado, e dá a impressão que não há tanta vaga, mas assistente, assessor, recepcionista, todos acabam desempenhando a função de secretário e secretária. “Tem muita vaga, ganha-se relativamente bem. É preciso se antenar ao que o mercado pede e, nesse ponto, a tecnologia está dentro disso. Tem que acompanhar ou fica para trás”, alerta.

No passado, a profissão começou com homens, os escribas, nos tempos dos faraós. Por causa das guerras, os homens foram morrendo e as mulheres foram assumindo a função. Para Camargo, o sexo masculino ainda acha que servir alguém, facilitar, assessorar, não é papel de homem. “Acredito que a gente passa hoje por um problema cultural que ainda vai demorar para mudar. Nós vivemos em uma sociedade machista, é fato. É muito mais um preconceito do homem do que uma dominância das mulheres. Elas são ótimas no que fazem, mas cabe ao homem ocupar o espaço dele”, avalia.

Nesse mesmo propósito, a coordenadora do curso de Secretariado Executivo da Uninter, Vanderleia Stece de Oliveira, destacou que esse é “o ano da inovação e superação”. Ela coordena as modalidades semipresencial e de educação a distância e reforça que o foco do secretariado de um modo geral é o assessoramento. “Esse ano haverá muita atividade prática, com visitas em arquivos, fluxogramas e reforço na questão dos idiomas. Melhoria constante para preparar esse pessoal para o mercado de trabalho”, diz.

Há espaço para homens e as empresas estão receptivas. Porém, o professor citou o exemplo de empresas de recrutamento que demonstram ter problemas culturais quando procuram alguém para ocupar o cargo de secretária e não de uma pessoa com formação em secretariado. “É uma mudança que também passa pelas empresas. Em São Paulo, existem empresas que só contratam secretários do gênero masculino”, salienta Camargo.

Edição: Mauri König

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