O afeto e a contestação de Milla Jung na galeria virtual da Uninter

Autor: Jomar Villanova*

A galeria virtual criada pela área de Linguagens Cultural e Corporal da Escola Superior de Educação (ESE) da Uninter oferece a oportunidade de os estudantes poderem expor as suas atividades artísticas do seu curso. Entre os trabalhos selecionados, participa da mostra individual a artista visual, pesquisadora e fotógrafa Milla Jung, expondo alguns dos seus principais trabalhos artísticos e visuais. Ela já expôs na América Latina e na Europa.

Esta artista multifacetada possui vários trabalhos artísticos e projetos que envolvem fotografia, arte e cinema, nos quais debate questões sobre a imagem e a intervenção urbana como práticas artísticas em espaços sociais. Nestas obras, mostra a importância da arte, a reflexão por elas gerada, a qualidade artística dos seus trabalhos, nos dando uma visão atual e contemporânea da arte. Além de uma forte identidade visual, não há como não se encantar com a sua poética visual, o seu debate entre questões conceituais e estéticas.

A criatividade desta artista pode ser visualizada e apreciada por meio da galeria, pois ela trabalha com várias linguagens artísticas, desde a fotografia com indígenas, com tanta suavidade e leveza, às instalações tratando de temas sociais, os vídeos utilizados de forma crítica, seja educacional ou social. “De alguma maneira, meu trabalho sempre foi essencialmente sobre o afeto”, define a artista.

Um dos seus projetos artísticos para apreciação é a instalação Projeto Neon – Plas Ayiti, que em créole, a língua dos haitianos, significa “lugar haitiano”, sendo o principal ponto de encontro destes refugiados. A obra, de 2014, tem 4,5 metros por 1 metro, no topo do edifício Nossa senhora da Luz, um dos primeiros prédios construídos em Curitiba, na Praça Tiradentes.

Além da beleza visual, o trabalho nos leva a uma contestação política, porque os haitianos tiveram de sair do seu país de origem, além da valorização das diferenças culturais. Assim, ela nos faz refletir sobre a construção de um espaço democrático e a sua importância social. Como ela mesma salienta: “um espaço político aberto ao diálogo e à diferença”.

Ela também nos demonstra que a experiência do museu pode ser passada para os espaços urbanos, além do domínio de várias técnicas e linguagens, utiliza de forma criativa vários recursos para a realização dos trabalhos artísticos, valorizando ainda mais a sua poética visual.

Então, podemos acompanhar um pouco da trajetória desta grande artista nesta exposição, além dos trabalhos artísticos realizado por outros estudantes disponíveis na galeria virtual, que possui no seu acervo produções abrangendo diferentes áreas do conhecimento, como linguagens cultural e corporal, educação, humanidades, exatas, linguagens e sociedade e geociências.

Visite a galeria acessando o link https://www.uninter.com/galeriavirtual/. Convide amigos e familiares para participar desta rica experiência.

* Jomar Villanova é especialista em Fundamentos do ensino da Arte, professor da área de Linguagens Cultural e Corporal nos cursos de Licenciatura e de Bacharelado em Artes Visuais da Uninter.

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Autor: Jomar Villanova*
Créditos do Fotógrafo: Reprodução


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