Mulheres ocupam apenas 29% dos cargos de liderança

Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismo

A pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Instituto FSB aponta que mulheres ocupam apenas 29% dos cargos de liderança nas indústrias do Brasil, enquanto homens representam 71%.  Esse é o retrato de uma luta que ainda não terminou, a luta para conquistar o espaço das mulheres no mundo corporativo.

As políticas de igualdade de gênero dentro das empresas ainda caminham a passos lentos. Somente 14% das empresas têm áreas específicas dedicadas à promoção de igualdade de gênero no local de trabalho e 5% contam com orçamento próprio.

“Sempre trabalhei pela garantia dos direitos da população, mas nem sempre era compreendida “, conta a coordenadora do curso de Bacharelado em Serviço Social da Uninter Adriane Baglioli.

Durante os 32 anos de carreira, ela comenta que o espaço de afirmação da mulher vem mudando com o passar do tempo e destaca as dificuldades ainda enfrentadas por muitas mulheres. “Essa é um uma luta coletiva. É por causa das mulheres que vieram antes conquistamos muitas coisas”.

Entre as pautas discutidas em relação à mulher no mundo corporativo, a multifuncionalidade se destaca. A coordenadora do Bacharelado em Fisioterapia da Uninter Fernanda Cercal destaca a pressão imposta a mulheres para assumir várias funções dentro e fora de casa.

“Houve momentos em que pensei em desistir. Se eu não tivesse uma rede de apoio, teria deixado de estudar e trabalhar”, afirma.

As questões salariais também são abordadas frequentemente pela população feminina, que costuma ganhar menos que a masculina mesmo exercendo a mesma função. O levantamento da consultoria IDados, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do IBGE mostra que elas ganham cerca de 20% menos do que eles hoje no Brasil.

O pagamento igualitário para mesmo cargo é previsto no artigo 461 da Consolidação das Lei do Trabalho (CLT). No entanto, a lei contém brechas. Segundo determinações, ela não precisa ser seguida se o empregador tiver funcionários organizados em quadro de carreira ou adotar plano de cargos e salários.

Uma nova proposta de lei para garantir que mulheres recebam salários iguais aos de homens caso exerçam a mesma função é promessa da Presidência da República para o ano de 2023.

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, coordenadores de cursos da Escola Superior de Saúde Única da Uninter (ESSU) realizaram a live “Mulheres em Cargo de Liderança” em 8 de março.

Apresentada professora titular da Uninter Ivana Busato, a transmissão também reuniu Maria Caroline Waldrigues, Fernanda Cercal, Adriane Baglioli e Cristina Oliveira para debater a inserção de mulheres no mundo corporativo.

Assista à live “Mulheres em Cargos de Liderança” pelo canal de Youtube da Escola Superior de Saúde Uninter.

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Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Pixabay e reprodução do Youtube


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