Mercado de trabalho para engenheiros é promissor, apesar da crise

A inserção no mercado de trabalho foi o foco do 2º Simpósio de Engenharias e Tecnologias Uninter, realizado entre os dias 30 de outubro a 1º de novembro no campus Garcez, em Curitiba. O evento contou com palestras de profissionais renomados, oficinas e exposições de pôsteres de alunos da iniciação científica.

Na primeira noite do simpósio, os alunos de Engenharia da Produção, de Engenharia da Computação e Engenharia Elétrica participarem de uma rica troca de experiências. Expuseram em pôsteres suas pesquisas e num ambiente de descontração falaram aos colegas sobre cada uma delas. Em formato de círculo, todos puderam interagir e conhecer as diferentes investigações em andamento. Segundo a professora Deise Mendes, uma das organizadoras do evento, esse foi um importante momento de exibição.

“A ideia é expor os alunos a essa situação de ter de falar com outras pessoas. Quando eles estiverem no mercado de trabalho, terão que conversar com clientes, fornecedores. Enfim, é importante que a gente comece a trabalhar essas competências”, afirma a professora.

Ainda com o mercado de trabalho em foco, o segundo dia de eventos contou com uma palestra de um dos maiores consultores de recursos humanos da região Sul do país, Bernt Entschev. Ele falou aos alunos sobre como está atualmente o mercado de trabalho em geral e também específico para engenheiros e tecnólogos da área.

“Nesse momento o mercado de trabalho ainda é assustador, mas acredito que o processo de recuperação será um pouco mais rápido do que o pessoal está pregando. Para zerarmos 13 milhões de desempregados no Brasil, precisamos gerar 1 milhão de empregos todo ano para em 13 anos saldar a conta. Apesar de o crescimento ser baixo, tecnólogos e engenheiros estarão bem”, afirma o consultor.

Também na segunda noite, o conceito de indústria 4.0 foi abordado pelo diretor de negócios e tecnologias Alexandre Carmo. Esta é considerada a 4ª revolução industrial e expressa uma nova forma de trabalhar. “A 4ª revolução industrial é uma forma de pensar a indústria que acaba afetando todos os sistemas de negócio”, explica Carmo. Conceitos como big data, IoT, e nanotecnologia foram abordados por estarem diretamente relacionados à indústria 4.0 e, segundo o palestrante, é que vai revolucionar o mercado profissional nos próximos anos.

Na última noite do simpósio foram abordadas questões da profissionalização. Engenheiro e representante do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR), Deniz Cesar Toniolo falou sobre a importância de os alunos se vincularem ao conselho assim que terminarem a graduação, no período que ele chamou de pós-diploma.

“Faz parte da vida prática do aluno que ele conheça a legislação que vai reger a sua vida. Que ele vá se ambientando com a esfera profissional, porque enquanto acadêmico ele está acostumado com uma vida de conhecimento, quando ele sai em campo é fundamento que ele saiba que existe uma legislação que diz o que ele pode ou não fazer, uma lei que norteia a condução da sua profissão”, explica o engenheiro.

Diversas oficinas voltadas para questões técnicas das engenharias também fizeram parte da programação, além de uma oficina específica no laboratório de física sobre robótica, na qual alunos fizerem demonstrações práticas com robôs que produziram.

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Autor: Letícia Costa – Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Letícia Costa - Estagiária de Jornalismo

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