Meio ambiente clama por mudanças

Autor: Flávio Ducatti - Estagiário de Jornalismo

Alguns problemas ambientais já estão fixados no globo terrestre, como as mudanças climáticas. Sabendo disso, é necessário que se criem políticas públicas para contenção desses problemas. Um exemplo foi a Conferência das Nações Unidas a (COP-27), realizada entre os dias 6 e 18 de novembro de 2022, no Egito, em que diversos países discutiram medidas para controle da erosão ambiental.

O aquecimento global é a consequência do efeito estufa (ação de gases que retêm calor na atmosfera global). Alguns dos gases com efeito nas mudanças climáticas são o dióxido de carbono (CO2), metano e ácido nitroso. Além do efeito danoso à atmosfera, essas substâncias podem circular por muitos anos, sem nenhum tipo de restrição.

“O CO2 perdura até mil anos na atmosfera. A ação da gente hoje no planeta tem um reflexo de pelo menos mil anos. Veja a responsabilidade que nós temos pelas nossas ações, de produtos fabricados, exploração do meio ambiente, pelas produções desenfreadas por todo o mundo. Já o ácido nitroso dura aproximadamente 120 anos. São gases que têm uma perpetuação muito grande, e isso implica na saúde humana e na saúde do meio ambiente”, explica a coordenadora de cursos da área ambiental da pós-graduação da Uninter, Sandra Lopes.

É preciso repensar o comportamento humano, e este é um dos compromissos assumido em cada evento mundial relacionado à parte socioambiental. Os países signatários que fazem parte destes eventos assinam o compromisso de diminuir a emissão de gases de efeito estufa.

Um dos agravantes sobre os problemas ambientais é a destinação dos resíduos sólidos urbano, que grande parte dos municípios assinaram um acordo de que não teriam mais lixões, e sim aterros sanitários. O acordo, porém, não foi cumprido, e a realidade de muitos municípios é que ainda destinam os resíduos a lixões a céu aberto.

Os gases de efeito estufa e as mudanças climáticas influenciam diretamente nas doenças respiratórias, diminuindo também as condições de exercícios físicos que são feitos e elaborados para o bem-estar da saúde. Outro fator do meio ambiente que implica na saúde são as queimadas, que podem ser naturais ou induzidas por ações humanas.

Existem algumas propostas para minimizar estes efeitos, e o Brasil já assumiu e pratica a diminuição ou extinção de equipamentos que utilizam o clorofluorcarbonetos (CFCs), gás que tem maior implicância no efeito estufa.

Segundo estudo do pesquisador em mudanças ambientais Eduardo Viola, o Brasil é o ator central para a estabilidade do sistema terrestre, porque tem uma grande biodiversidade (sendo uma das maiores do mundo) e o estoque de carbono florestal é um dos mais importante. Além disso, o País tem a terceira maior reserva de água doce do mundo.

Crise hídrica

Os maiores contaminantes hoje são determinados por elementos emergentes, com maior incidência nos corpos hídricos e mares, como fármacos, hormônios, fragrâncias, produtos de beleza, protetor solar, remédios, pesticidas, drogas ilícitas, anticoncepcionais e a cafeína.

“A contaminação dos remédios se dá pelo descarte incorreto, e aí nós vamos cair na questão da destinação de resíduos, geração de resíduos e do controle destes resíduos”, comenta a professora e bióloga Márcia Kravetz.

Outro contaminante emergente que é pouco divulgado e tem maior incidência em corpos hídricos é o necrochorume, um líquido percolado do processo de decomposição de cadáveres no seu início de processo da putrefação. Recentemente, pesquisadores da Universidade de Santa Maria coletaram amostras de águas subterrâneas ao entorno de cemitérios da região e avaliaram a presença do contaminante necrochorume.

O tema foi apresentado no programa Negócios e Tendências, da Rádio Uninter. Confira a transmissão na íntegra neste link.

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Autor: Flávio Ducatti - Estagiário de Jornalismo
Edição: Arthur Salles - Assistente de Comunicação Acadêmica
Créditos do Fotógrafo: Bela Geletneky/Pixabay e reprodução YouTube


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