A fé e a razão na construção da sociedade

Alice Gonçalves – Estagiária de Jornalismo

Na última segunda feira (26), a Escola Superior de Educação da UNINTER realizou um debate transmitido para todos os polos de apoio presencial do Brasil. Na ocasião, os professores Cícero Bezerra, Luiz Rossi, Luís Lopes e Alvino Moser falaram sobre a influência da fé na sociedade.

A fé, apesar de estar inclusa no cotidiano e ser inerente ao homem, ainda é tema de discussão, principalmente quando relacionada à razão. Luiz Rossi, professor de Teologia da UNINTER, explica que o sentimento da fé é, assim como o amor, o perdão, os planejamentos e os sonhos, um complemento na construção da vida humana. “A vida é uma eterna construção e a fé é um dos elementos auxiliares e que nos ajuda a dar um pouco mais de sentido à existência”, explica.

Ter fé significa acreditar ou confiar em algo ou alguém. Um exemplo, é acreditar que as respostas nos trarão um resultado positivo após ter realizado uma prova. Ou seja, ter fé está relacionado à crença de que algo vai mudar de forma favorável às nossas expectativas.

No contexto social, a fé é vista com mais clareza na religião e, neste caso, significa acreditar nos princípios difundidos por determinada religião ou apenas a crença em Deus.

Uma pesquisa realizada pela Grey Matter Research aponta que em média 72% da população dos Estados Unidos acredita que a fé é auxiliar no equilíbrio e na relação das pessoas com a criminalidade, pobreza, violência, política e meio ambiente.

Luís Lopes, coordenador do curso de Filosofia da UNINTER, destaca que por muito tempo acreditou-se que a religião perderia cada vez mais espaço para a razão, mas isso não aconteceu. Ele explica que, na prática, ela permanece e influencia decisões em diversas áreas como política, economia, direito, educação e biociências, entre outras.

No entanto, Rossi alerta que não se pode relacionar o desenvolvimento econômico de um país apenas à cultura religiosa, pois existem muitos fatores que permeiam a construção social. Segundo ele, mesmo que uma pessoa não tenha nenhuma influência religiosa, ela ainda terá outras advindas da sociedade.

Edição: Andressa Rosa

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