Estudante cria projeto para ensinar português a estrangeiros

Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de Jornalismo

Segundo levantamento produzido pelo Observatório das Migrações da Unicamp, no Brasil vivem hoje cerca de 750 mil estrangeiros. A presença deste contingente cria a demanda por projetos de ensino de língua portuguesa como idioma estrangeiro, o que é essencial para incluí-los na sociedade.

A Uninter conta com um programa de ensino de português para estrangeiros, desenvolvido pela acadêmica do curso de Licenciatura em Letra Ana Justa de Mendonça, do polo de educação a distância em Dois Vizinhos (PR). O projeto é chamado PSIELPE – Projeto Social Intercultural de Ensino da Língua Portuguesa para Estrangeiros. O objetivo é auxiliar estrangeiros, refugiados ou não, a aprenderem o português do Brasil.

O coordenador do polo, Sandro Davi de Andrade, fala da importância do projeto para a região. “Muitos desses estrangeiros vêm para trabalhar na BRF, que é próxima à instituição, e com o projeto podem realizar o exame de proficiência em português, facilitando sua comunicação com os demais”, diz ele. Sandro acrescenta que o projeto demonstra como a Uninter se preocupa com o desenvolvimento da sociedade como um todo.

Ana conta que entrou em contato com essa necessidade de ensino 7 anos atrás, quando convivia com vários estrangeiros e percebia essa realidade mais de perto. “Comecei a conviver com estrangeiros advindos de vários países, recebia esses estrangeiros em minha casa e criamos laços de amizade. Na época também fiquei sensibilizada pelo fato das dificuldades que eles tinham com língua portuguesa”, explica ela.

Em 2018, Ana conheceu a Uninter e viu que ali havia uma oportunidade para dar vida ao projeto. “Quando li o nome Centro Universitário Internacional Uninter, não tive dúvidas, fiz a matrícula para cursar Letras e a esperança renasceu”. Em 2019, a acadêmica apresentou seu projeto para o coordenador e a gestora do seu polo, Sirlei Freitas Talau. “Eles me deram apoio total e incentivaram a dar continuidade”, completa.

Ao todo, são 13 alunos frequentando as aulas, que tiveram início no dia 22 de agosto. A periodicidade é de 3 vezes por semana, com aulas à noite e de manhã. Com isso, a aluna já imagina um futuro para seus aprendizes. “Desejamos que esses estrangeiros atendidos realizem seus sonhos em busca de novos conhecimentos, estaremos sempre dispostos para atendê-los com carinho e dedicação a esta nobre causa”, conclui a acadêmica.

 

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Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal Ana Mendonça


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