Emancipação financeira é o objetivo do Programa Jovem Aprendiz

Autor: Nayara Rosolen - jornalista

Ingressar no mercado de trabalho em uma empresa com plano de carreira e valorização dos colaboradores é o sonho de muitos profissionais. A emancipação financeira, por meio da prática alinhada à teoria, é um dos objetivos do Programa Jovem Aprendiz, uma parceria da Uninter com o Instituto IBGPEX.

“O objetivo é que o jovem consiga se desenvolver, concluir o curso e se estabilizar no mercado de trabalho”, salienta o pedagogo do IBGPEX, Leandro Prado, que está à frente do projeto.

Um caso de sucesso é a assistente de operações da Escola Superior de Educação (ESE) da Uninter, Poliana Teixeira da Silva. Antes de ingressar na instituição, a jovem cursava Formação de Docentes integrado ao Ensino Médio e trabalhava como estagiária em escolas públicas.

Quando encerrou o contrato, precisava e procurava por um novo emprego para custear as mensalidades da desejada graduação de Pedagogia. Até que uma amiga contou sobre programa no IBGPEX, que é a entidade qualificadora do Jovem Aprendiz da Uninter.

Poliana realizou toda a formação no projeto, que consiste em atividades práticas nos setores da Uninter quatro dias por semana, além da capacitação teórica semanalmente. No final, candidatou-se para uma vaga interna e conquistou o cargo que ocupa atualmente, na área de Linguagens e Sociedade da ESE.

“Foi uma imensa alegria, porque a Uninter é uma empresa maravilhosa, realmente valoriza o colaborador, tanto no Jovem Aprendiz quanto agora efetivada. Consegui pagar minha faculdade, correr atrás dos meus sonhos, realizar todas as minhas metas e objetivos. É maravilhoso!”, garante a profissional.

Para a gerente de projetos sociais do IBGPEX, Rosemary Suzuki, a jovem “é um exemplo muito claro do que é possível acontecer quando o jovem entra para o programa. Para nós é motivo de grande alegria e a gente fica muito feliz. Ela, de fato, tem uma história e uma trajetória de sucesso. É muito bom ver como, tão jovem, você consegue ir se desenvolvendo e construindo uma carreira dentro daquilo que é a sua vocação”, afirma.

Rosemary ressalta que uma empresa tão grande quanto a Uninter preza muito pela seleção dos colaboradores, por isso é um processo complexo e exigente, uma vez que o nível de serviço também é muito bom e muito alto. “Contratam-se só os melhores. É muito legal ver e muito bom saber que o programa oportuniza o acesso e a permanência desses jovens em uma empresa tão grande”, complementa.

Um resgate histórico

O pedagogo Leandro faz um resgate histórico e lembra que são muito recentes as políticas públicas para a juventude no Brasil. “Podemos dizer que, levando em consideração o período, elas estão engatinhando”.

Data de 1927 a primeira política pública com o objetivo de atender a adolescência e juventude, com o Código de Menores, ou Código Mello Mattos como é mais conhecido, que fixou a menoridade em 18 anos de idade e teve o objetivo de orientar para que as instituições pudessem atender este público.

Em um segundo momento, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de 1943, e a Constituição Federal, de 1988, deram direcionamento de que é dever do estado proporcionar aos jovens as políticas públicas que permitem e regularizam o trabalho. Com o objetivo de erradicar o trabalho infantil, surgiu em 1990 o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Só nos anos 2000 foi criada a Lei da Aprendizagem, para profissionalizar e legalizar o trabalho de jovens de 14 a 18 anos de idade. Dois anos depois, as instituições perceberam que o número de desempregados era grande e, para atender esta parcela da população, a lei passou a se estender até os 24 anos.

“Estas políticas públicas fazem parte de um constructo histórico que tem como objetivo tirar jovens em situação de vulnerabilidade de caminhos tortuosos, para evitar que o jovem caia em tantas armadilhas que o mundo acaba oferecendo. A Lei da Aprendizagem veio para erradicar o trabalho infantil e proporcionar a adolescentes e jovens um trabalho digno, seguro e amparado pela legislação”, explica Leandro.

O Jovem Aprendiz

De acordo com o profissional, o programa acontece por meio do tripé entre a empresa empregadora, a entidade qualificadora e o jovem. Os principais critérios para o ingresso dos aprendizes são avaliados em uma triagem realizada pela assistente social. São três os quesitos básicos: a idade (entre 14 e 24 anos); a escolaridade (que esteja matriculado ou tenha concluído o ensino médio); e a situação de vulnerabilidade social (analisada por meio da apresentação de documentos do jovem e da família).

Para a turma que está em formação neste ano, 530 currículos foram recebidos e 167 conseguiram efetivar as inscrições após o envio dos documentos necessários. Destes, 33 foram contratados e seis deles já estavam cursando o ensino superior. Hoje, 26 continuam na turma e todos os demais foram efetivados antes mesmo de se formarem no programa.

“Foram jovens que conseguiram desempenhar seu trabalho, produzir aquilo que era esperado ou muitas vezes até mais, por isso os gestores preferiram efetivá-los para garantir os jovens nos setores. Isso, para nós, é motivo de muita felicidade”, afirma o pedagogo.

Leandro conta que a lei está amparada pela CLT, por isso o jovem tem a formalização do contrato como qualquer trabalhador, com registro em carteira. Tem direito ao salário mínimo, limite de jornada de trabalho de seis horas, férias, 13º salário e vale transporte.

A Uninter também oferece plano de saúde, plano odontológico e alimentação no local ou vale-refeição de acordo com o setor e unidade que trabalha. Assim como bolsas de estudos em vários cursos que esse jovem, como aprendiz ou colaborador após a efetivação, pode cursar.

A próxima turma inicia em 1º de fevereiro de 2023. Para Curitiba já há mais de 600 currículos, mas Rosemary diz que ainda há vagas para trabalhar na unidade de Campo Largo (PR). Saiba mais do programa aqui e veja sobre as inscrições neste link.

Poliana deixa um recado para aqueles que sonham em ingressar para o mercado de trabalho e seguir carreira assim como ela.

“Não deixe o medo ser maior que a sua vontade de conquistar seus sonhos e te impedir. Eu recomendo: se inscreva, entenda a importância do programa e saiba onde quer chegar, quais sonhos tem. Somos cheios de sonhos, temos muita coisa para realizar, uma vida toda pela frente. Sabendo onde quer chegar, não deixando o medo nos impedirem, conseguimos brilhar tanto no programa quanto no trabalho que estamos desenvolvendo. E, com certeza, você pode ser efetivado assim como fui. O programa oferece várias oportunidades e prepara o jovem para isso”, conclui a analista de operações acadêmicas.

Jovem Aprendiz: O primeiro passo para um futuro de sucesso foi tema do Programa Impacto e Propósito, comandado por Rosemary e que contou com a participação de Leandro e Poliana, no dia 10 de novembro de 2022. A edição, transmitida pela Rádio Uninter, está disponível para livre acesso.

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Autor: Nayara Rosolen - jornalista
Edição: Larissa Drabeski


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