EAD ajuda a realizar sonhos no norte do Rio de Janeiro

Autor: Jéssica Jorge Felipe de Souza - Estudante de Jornalismo

A educação a distância (EAD) vem ganhando espaço na região Norte do estado do Rio de Janeiro, contribuindo de forma positiva para o acesso ao ensino superior. Uma das suas grandes vantagens é a de tornar o saber mais acessível àqueles que, por distância geográfica, falta de tempo ou recursos financeiros, não conseguiam chegar a um curso de graduação na modalidade presencial.

Foi assim para a professora Lúcia Almeida, moradora de São João da Barra, município carioca com pouco mais de 30 mil habitantes, que não possui instituições de nível superior presencial. Hoje, a assistente social fala com orgulho da sua escolha e da decisão, tomada aos 45 anos de idade, em cursar uma graduação na modalidade a distância. Para ela, esse foi o caminho viável para tornar o sonho do ensino superior possível.

“Desde que me formei professora, queria fazer uma faculdade, mas era muito caro e na época eu não tinha condições de pagar. Foi então que, em 2012, procurei a EAD. Ganhei conhecimento através de novos caminhos, caminhos que eu nem imaginava que existiam. Me trouxe possibilidades para um futuro melhor”, considera a professora, hoje formada em Serviço Social.

Para Lúcia, não foi só a limitação financeira que adiou o sonho do ensino superior. Para cursar uma faculdade presencial ela teria de conciliar o trabalho integral de professora, os afazeres de mãe e esposa com o deslocamento de uma hora para outra cidade todos os dias. “Aí eu ouvi falar da EAD e me perguntei: Que modalidade é essa? Como ingressar? Como buscar esse aprendizado?”, indagou-se Lúcia. Foi então que ela conheceu a Uninter.

“A primeira coisa que procurei saber foi se o curso possuía reconhecimento do MEC. Não foi fácil no início, por conta da minha falta de informação e acesso à tecnologia, que era muito escassa na época. Eu tinha que me deslocar para uma lan house para fazer as aulas e precisei de ajuda de terceiros para realizar as atividades. Mas, no final, consegui e foi ótimo. Agora pretendo fazer uma pós EAD”, diz Lúcia.

Estudos da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) confirmam que exemplos como o de Lúcia relacionam a EAD a um instrumento de transformação social. Essa modalidade contempla uma população que, de outra forma, tem de trabalhar e não chegaria a uma formação superior por estar em cidades pequenas ou sem oferta de cursos presenciais. Para a ABED, isso permite um desenvolvimento mais homogêneo do país.

O censo EAD 2018 realizado pela ABED aponta que um dos fatores para esse crescimento no Brasil está relacionado à humanização do ambiente online. Outro ponto importante é que a dedicação às questões financeiras, profissionais e pessoais dos alunos também é muito maior nos cursos totalmente a distância do que nos cursos presenciais.

A Uninter está presente em três dos nove municípios que compõem o Norte Fluminense – além de Macaé, Campos dos Goytacazes e São Fidélis. Para a gestora do polo de Macaé, Fátima Canêjo (foto), a região possui um cenário muito promissor para essa modalidade de ensino.

“Atualmente, a EAD vem sendo cada vez mais procurada por pessoas que querem se atualizar ou realizar a primeira graduação. Pelo caminho que seguimos atualmente é de se esperar que cada vez mais as coisas passem a se tornar mais práticas e ágeis, e a EAD é uma forma de facilitar esse caminho”, aponta a gestora.

O polo da Uninter em Macaé foi inaugurado em 2018 e vem contribuindo para o crescimento do ensino superior na região. Antes mesmo da pandemia, a unidade já ofertava o curso de Auditoria em Saúde, por exemplo, setor de grande absorção profissional no município.

Tarcila Muniz é uma das alunas do polo e diz que foi por ter encontrado a instituição próxima a sua casa e trabalho que foi possível dar continuidade aos estudos e se especializar numa área tão delicada, a saúde. “Esse é o meu segundo curso EAD pela Uninter. O local em que a gente está não tem muitas opções de cursos presenciais, então quem consegue se dedicar, ter uma rotina de estudo, eu penso que essa é a maior contribuição da EAD, facilitar o acesso à formação e educação”.

* Esta matéria foi produzida dentro do Programa Voluntários Uninter Notícias, desenvolvido por este site junto com a coordenação do curso de Jornalismo da Uninter.

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Autor: Jéssica Jorge Felipe de Souza - Estudante de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Arquivo PAP São João da Barra


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