Dados do Enade contribuem com qualidade do ensino superior

Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismo

Aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) desde 2004, o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) avalia anualmente o rendimento de instituições de ensino superior e seus alunos em todo o Brasil.

Em 2022, a Uninter aplicou cerca de 17 mil provas durante o Enade e preencheu 12 mil questionários do estudante. Os alunos aptos a participar do Enade são inscritos pela própria instituição. Na Uninter, foram inscritos 27 mil alunos ingressantes, que são avaliados de acordo com o desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e 18 mil concluintes, avaliados pela realização da prova.

Nesta edição, 25 cursos foram avaliados, com a orientação de 19 coordenadores e 30 professores, juntamente aos colaboradores dos setores envolvidos no atendimento dos estudantes.

Os dados foram divulgados pela coordenação Enade, setor estabelecido pela Reitoria da Uninter em conjunto com o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), com o intuito de definir estratégias voltadas para o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes.

De acordo com o MEC, o Enade faz parte do que é conhecido como tripé avaliativo da educação, juntamente com a Avaliação de cursos de graduação e a Avaliação institucional. Juntos, formam o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

O sistema de avaliação permite ao governo conhecer a qualidade dos cursos e instituições de educação superior brasileiras. Os resultados do Enade, por exemplo, colaboram com o cálculo dos Indicadores de Qualidade da Educação Superior.

“O Enade, como uma ferramenta que está ali à disposição do Ministério da Educação e de instituições de educação públicas e privadas, tem um caráter muito mais amplo”, afirma o doutor e professor do tecnólogo em Gestão Pública da Uninter, Rafael Perreira.

Ele explica que todas as informações coletadas através do Enade vão servir para compor indicadores de qualidade das instituições de ensino e do tipo de educação que é praticado por elas.

A base de estatísticas também reflete as condições sociais e suas evoluções com o passar dos anos. Com isso, são usados para identificar problemas sociais que requerem ação do poder público.

“Ele (o exame) parte de toda uma política pública que visa criar e transformar o ensino superior no Brasil. A partir dessas informações, a gente vai ter uma série de ações, de políticas públicas que vão ser alimentadas por esses dados”, diz.

Mais sobre o exame

Em provas compostas por 40 questões, alunos concluintes (que tenham expectativa de conclusão do curso até julho do ano seguinte ou que já tenham cumprido oitenta por cento ou mais da carga horária mínima do currículo) são avaliados em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares de seus cursos.

Segundo o Inep, são aplicadas questões discursivas e de múltipla escolha que buscam “medir o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral e profissional, assim como o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial”.

Outra função do exame é identificar o perfil dos alunos de cada instituição e entender os avanços desse aluno em relação ao conhecimento promovido pela universidade.

“Temos uma ferramenta publica poderosa e que é muito importante, porque é a partir dela que que temos a visão do que é o ensino superior no Brasil”, ressalta.

Na opinião da diretora da Escola Superior de Educação da Uninter, Dinamara Pereira Machado, a transparência que envolve o processo de avaliação é de suma importância para os avanços das universidades e de seus alunos.

“O impacto não é individual, ele é coletivo”, destaca sobre o resultado do exame.

Reconhecimento internacional

Caroline Cordeiro, pesquisadora e professora ligada à Uninter, reside no Canadá. Ela conta que a validação de cursos feitos no Brasil em território europeu nunca foi um processo fácil, mas tem se tornado cada vez mais comum devido aos métodos de avaliação criados pelo poder público.

“Vejo muitos alunos que vêm para fora e tentam validar seus diplomas, algo muito sério e difícil. Os diplomas brasileiros conseguem essa validação por ter ferramentas como o Enade”, diz.

Em seu relatório, a Coordenação Enade da Uninter afirma que a instituição “vem obtendo resultados satisfatórios nos últimos anos nos principais indicadores de qualidade do Inep e no Índice Geral de Cursos (IGC)”.

Com isso, a instituição consegue manter o desenvolvimento no principal indicador de desempenho da qualidade das Instituições de Ensino Superior (IES) e a liderança entre as maiores IES da educação à distância no Brasil.

Rafael Pereira, Dinamara Machado e Caroline Cordeiro foram os convidados da live “Enade: diagnóstico e monitoramento para políticas públicas”, exibido pela Escola Superior de Gestão Pública, Política, Jurídica e Segurança da Uninter em 14 de novembro de 2022.

Comandada pela coordenadora do tecnólogo em Gestão Pública da Uninter, Manon Garcia, a live promoveu o debate acerca da importância do Enade para a evolução da educação brasileira.

Assista à live pelo canal de Youtube da Escola Superior de Gestão Pública, Política, Jurídica e Segurança da Uninter.

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Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Pexels/Rodnae Production


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