Cresce o interesse científico pela educação a distância

 

Talita Santos – Estagiária de Jornalismo

A educação a distância (EAD) tem conquistado cada vez mais brasileiros. Seja pela comodidade em assistir às aulas em casa ou pela possibilidade de adequar os roteiros de estudo conforme a rotina de cada pessoa, essa modalidade de ensino tem aumentado significativamente. Segundo o Ministério da Educação (MEC), as matrículas em cursos de EAD crescem, em média, 18% ao ano.

A educação a distância também tem sido objeto de estudos científicos. Por exemplo, a maneira como os professores ministram as aulas, o contato com os alunos, que às vezes acontece apenas virtualmente, o perfil dos estudantes e a qualidade de ensino nesta modalidade viraram grandes fontes de pesquisa para acadêmicos e profissionais da área.

Gestora do polo CIC da Uninter e também estudante de pedagogia e pesquisadora sobre a formação docente, Karina Gomes Rodrigues trata do tema no artigo científico “Transdisciplinaridade na educação a distância: um repensar sobre a formação de professores”, escrito em coautoria com Deise Maria Choti.

Deise apresentou o artigo no dia 2 de fevereiro no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, em Portugal, durante colóquio organizado pela Associação Francofone Internacional de Pesquisa Científica em Educação. Esta é a sétima vez que a dupla de pesquisadoras participa do evento.

O artigo traz indagações sobre a formação de professores e a importância de se discutir o assunto para ultrapassar os limites dos habituais métodos de ensino. “A transdisciplinaridade sugere ousadia do mediador pedagógico para a superação da visão fragmentada e a compreensão dos processos da vida sob a ótica complexa. Nesse sentido, tem-se a importância da pesquisa sobre a transdisciplinaridade e a formação docente por meio da modalidade EAD”, explica Karina.

A pesquisa observou os cursos de licenciatura de modalidade a distância de duas instituições e mostra que os estudantes de aulas EAD têm entre 31 e 42 anos. Estudos mostram que alunos dessa faixa etária precisam de um suporte maior em seus estudos, além de uma relação forte entre prática e teoria para que possam dominar melhor o assunto.

“O que se busca analisar com a pesquisa é como está ocorrendo esse processo de formação, se a transdisciplinaridade de fato ocorre nos cursos de licenciaturas e se é percebida pelos envolvidos, ou se o ‘tradicional’ apenas está com uma nova roupagem por meios dos recursos tecnológicos da EAD”, diz Karina.

Edição: Mauri König

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