Coordenadora de especialização em arquitetura visita espaços inovadores

Autor: Kethlyn Saibert - estagiária de jornalismo

Buscando formas de apresentar aos alunos projetos arquitetônicos pautados na preocupação com o meio ambiente, a coordenadora de cursos de pós-graduação na área de Arquitetura e Design da Uninter, Giselle Dziura, fez uma viajem a Florianópolis (SC), no dia 18.mar.2022, para conhecer duas iniciativas sustentáveis: a Escola do Futuro, localizada no bairro Tapera; e a Creche Hassis, em Carianos, considerada a primeira do mundo com selo máximo de arquitetura sustentável.

As duas instituições são consideradas escolas-modelo tanto em termos de sustentabilidade quanto na aplicação de metodologias de ensino-aprendizagem. Segundo Giselle, que também representava o governo do Paraná, o objetivo das visitações foi mostrar aos alunos da especialização estratégias de arquitetura mais sustentáveis em edifícios públicos.

No caso da Escola do Futuro, são realizadas metodologias ativas, em que o aluno é o protagonista de sua aprendizagem para que tenha uma maior autonomia e socialização. O professor fica responsável por ser o articulador e mediador do conhecimento. “Nessa escola, as salas de aula não são espaços fechados, são espaços mais abertos. Um ambiente mais aberto promove uma melhor integração e colaboração dos estudantes. É a arquitetura alinhada à pedagogia. Não podemos pensar na pedagogia separada da arquitetura”, explica Giselle.

A creche Hassis é o primeiro edifício público no Brasil a receber a classificação Leadership in Energy and Environmental Design – LEED, que significa Liderança em Energia e Design Ambiental, em nível máximo Platinum. A edificação foi construída com materiais totalmente recicláveis, desde o concreto das fundações aos elementos de aço da estrutura. Além disso, conta com painéis fotovoltaicos para minimização de gasto de energia, materiais aplicados sem emissão de substâncias tóxicas, reutilização de água, ventilação e iluminação naturais.

Espaços mais saudáveis e sustentáveis proporcionam um resultado significativo na produtividade e desempenho dos estudantes, além de reduzir custos com operação e manutenção da escola. Segundo Giselle, é pensar na metodologia Steam – Science, Technology, Arts and Mathematics, que tem como objetivo formar alunos com diversos conhecimentos, desenvolver valores com os conteúdos abordados e prepará-los para os desafios do futuro.

“Quando falamos em “escola do futuro”, também estamos falando sobre tecnologia. É a tecnologia de ter a internet disponível, de ter equipamentos atualizados e laboratórios integrados [química, física e biologia]”, diz a coordenadora. Ela ainda afirma que conhecer as escolas foi para mostrar que é possível construir edificações públicas de qualidade e com consciência ambiental.

Participação na Smart City Expo Curitiba

A busca pelo conhecimento das tendências em arquitetura de sedign inteligentes e sustentáveis não se restringiu às visitas.  No dia 24 de março, a coordenadora Giselle Dziura participou também do Smart City Expo Curitiba 2022, realizado no Expo Unimed, edição brasileira da maior rede mundial de eventos relacionados às cidades inovadoras e inteligentes. O Smart City Expo World Congress reúne líderes de empresas, governos e organizações para mover as cidades em direção a um futuro melhor.

Giselle participou como ouvinte das diversas palestras que trataram de temas como inteligência artificial, agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (Onu) e mudanças climáticas. “Embora o nome do evento seja “cidades”, envolve tudo. Temos nove cursos hoje oferecidos na pós-graduação em arquitetura e design da Uninter e muitos deles envolvem os ODS [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável]. Participar do evento foi para nos certificar que os nossos cursos estão atuais e alinhados com a questão das cidades inteligentes”, afirma.

A coordenadora destaca também a importância de pensar nas cidades cada vez mais humanas apesar da integração com a tecnologia. “Entendemos que as cidades estão indo para a linha das inteligências artificiais, mas quem está por trás de tudo isso? São as pessoas”, indaga Giselle. Humanizar significa englobar todos os tipos de pessoas na tecnologia, é pensar na acessibilidade e na privacidade dos cidadãos.

“Foi um evento que envolveu mais de 10 mil pessoas, e saber que muitos dos nossos professores estavam lá como participantes ou palestrantes, foi gratificante”, conclui Giselle.

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Autor: Kethlyn Saibert - estagiária de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski


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