Como formar público para um cineclube

Autor: Natália Schultz Jucoski - estagiária de jornalismo

O cinema existe desde o final do século 19. Nesse período, muitas mudanças ocorreram: os filmes antes em preto e branco, hoje contam com recursos para computação gráfica de altíssimo nível. Contudo a essência da sétima arte segue a mesma: entreter e refletir, afinal, na tela do cinema, a relação com a política e com a sociedade aparece de forma relevante.

Muitas das questões abordadas na telona são debatidas e problematizadas nos espaços dos cineclubes, onde a interação entre as pessoas é peça-chave para a promoção da cultura. Por isso, a formação de público para um cineclube foi tema do programa Cinelogando do dia 17 de agosto. Com a participação dos professores da Uninter Douglas Lopes e Guilherme Augusto de Carvalho, o programa foi transmitido pelos canais do Youtube e pela página do Facebook da Escola Superior de Educação e da Área de Humanidades.

A origem dos cineclubes vem da França, do começo da década de 20, com a criação da revista Ciné Club, que levou o cinema ao seu status de sétima arte. No Brasil, o primeiro espaço para a discussão de filmes foi o Chaplin Clube, criado em 1928 no Rio de Janeiro. O clube também foi responsável pela primeira revista sobre cinema no país, chamada de “O Fan”, que trouxe maior visibilidade para o cinema brasileiro.

Mas, foi somente a partir da década de 1960 que os cineclubes se popularizaram. “Na história do cineclubismo no Brasil, a Igreja Católica foi bastante importante, inclusive para a interiorização, promovendo assim a cultura no interior”, afirma o professor Douglas. O modelo possui uma grande importância no processo do cinema como ferramenta democrática, pois é um espaço de transformação das percepções. A primeira motivação para a criação de um cineclube é promover debates e levar a experiência cinematográfica para além da óptica, atribuindo ao cinema o status de ferramenta de transformação social, na qual é possível enxergar o nosso cotidiano.

As cinematecas espalhadas pelo país oferecem um ambiente perfeito para que essas conversas sejam iniciadas. No entanto, uma das características de um cineclube é que ele pode ser feito em qualquer lugar, em um grupo na faculdade, na igreja, na escola ou na vizinhança. O principal é entender que os filmes oferecem muito mais que apenas entretenimento. Assim, o cineclubismo serve para difundir obras cinematográficas que não têm espaço de exibição na rede comercial, ou seja, são um incentivo à difusão do cinema.

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Autor: Natália Schultz Jucoski - estagiária de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Reprodução Youtube / Pixabay / Arquivo Biblioteca Nacional Digital


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