Como ajudar as pessoas que sofrem de transtornos mentais?

Autor: Vitor Diniz - Estagiário de Jornalismo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu, em 1990, que “cuidados paliativos” consistem na assistência promovida por uma equipe de profissionais multidisciplinares, com o objetivo de oferecer melhor qualidade de vida a um doente crônico e seus familiares. Os cuidados paliativos são feitos em pessoas que sofrem de doenças que ameaçam a vida, com o intuito de fazer a prevenção e o alívio do sofrimento.

Para falar sobre a importância de permitir ao paciente que escolha qual tratamento de saúde ele prefere seguir, a professora do curso de Gerontologia – cuidado ao idoso da Uninter, Ana Paula Hey, fez uma live para os alunos do curso falando sobre os tratamentos paliativos utilizados com pessoas que sofrem de transtornos mentais.

Ana destacou que, quando falamos de cuidados paliativos, devemos ter um olhar multidimensional para a pessoa que tem o transtorno mental, devemos considerar a situação financeira, familiar, suas relações sociais, sem discriminá-la.

“Os tratamentos paliativos podem ser aplicados nas pessoas que tenham transtornos mentais independentemente da idade, pois elas de maneira geral estão com um intenso sofrimento relacionado à saúde”, explica.

Entre os transtornos mentais que afetam a saúde estão a demência, os transtornos alimentares, os transtornos relacionados ao uso de álcool e outras substâncias químicas, a esquizofrenia, a depressão e transtornos psicóticos. Existem os casos considerados mais sérios, como os de pessoas com transtornos obsessivos e compulsivos, e com pensamentos suicidas.

Para a professora de Gerontologia, “a família de uma pessoa com transtorno mental também tem muito sofrimento, também é preciso olhar para essa família e oferecer algum tipo de apoio”.

Durante a live, foi enfatizado que o tema “transtornos mentais” ainda enfrenta muitos tabus na sociedade, e o simples fato de um indivíduo sofrer desse tipo de transtorno muitas vezes o coloca numa situação de vulnerabilidade social.

Os profissionais que atendem pessoas com esses distúrbios e oferecem os cuidados paliativos devem, primeiramente, adotar uma postura de escuta, nunca impondo a melhor solução, e sim oferecendo ao paciente, quando possível, a oportunidade de escolher como ele deseja se tratar.

“Muitas vezes acontece nos postos de pronto atendimento a marginalização do sujeito com transtorno mental, toda vez que ele é ignorado, não é ouvido pelo simples fato de estar sofrendo com um transtorno mental, ou por já ter tentado um suicídio”, explica Ana, ressaltando que é preciso mudar a cultura de atendimento nestes casos.

Você pode assistir ao vídeo completo clicando aqui.

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Autor: Vitor Diniz - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Truthseeker08/Pixabay


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