Como a fisioterapia pode ajudar nos casos de síndrome pós-Covid

Autor: Evandro Tosin - Assistente multimídia

A fisioterapia conta com mais de 15 áreas diferentes de atuação, entre elas a fisioterapia respiratória, que ficou mais conhecida diante do cenário de pandemia. O campo de atuação deste profissional é nos três níveis de atenção à saúde: prevenção; diagnóstico e terapêutica; e reabilitação. Fernanda Cercal é coordenadora do curso de Fisioterapia da Uninter e faz uma relação direta da atuação desses profissionais na pandemia.

“São os profissionais que vão trabalhar na prevenção dos pacientes que já têm uma condição pré-existente e precisam prevenir o acometimento da Covid-19. Vamos trabalhar principalmente dentro dos hospitais, nas UTI’s, como, por exemplo, no controle do ventilador mecânico, com atuação junto às situações de imobilismo dos pacientes que estão acometidos pela patologia. Depois, na reabilitação, o que a gente tem chamado de ‘síndrome pós-Covid’, que na verdade são as sequelas que a doença deixa em nossos pacientes, e que vai ser necessário várias intervenções num nível terciário de atuação”, diz Fernanda.

Rodney Wenke é fisioterapeuta, mestre em engenharia biomédica, e também atua no Sistema Único de Saúde (SUS). Além de destacar a importância da atividade física para ajudar o fortalecimento da imunidade, o especialista comenta sobre a importância desse profissional na assistência à saúde nos hospitais. “A atuação do fisioterapeuta dentro de um hospital é vital, como o ‘motorista’ de um equipamento vital que é respirador mecânico, quem faz toda a regulagem Uma das atribuições do fisioterapeuta dentro de uma UTI. O meio físico dentro do sistema biológico”, diz.

Wenke lista uma série de consequências da síndrome pós-Covid-19:

1-Respiratórios: (pacientes que necessitam de oxigênio, reabilitação pulmonar. Doença vascular pulmonar, traqueostomia e suas feridas, disfagia, tosse crônica, fibrose pulmonar, broquiectasia, investigação da função pulmonar, e acompanhamento das anormalidades presentes nos exames de imagem);

2-Cardiologia (reabilitação cardíaca e acompanhamento imediato para as complicações cardiológicas para Covid-19);

3-Urologia (cateteres urinários);

4-Neuromusculares (fraqueza muscular e neuropatia);

5-Endocrinologia (diabetes);

6-Função geral e bem-estar (dieta/nutrição, úlceras de pressão, fadiga, cuidados odontológicos, problemas de fala e linguagem);

7-Psicológicos e neuropiscológicos (delírio, dificuldades cognitivas e demência);

8-Saúde mental (transtorno de estresse pós-traumático, depressão, transtornos de ansiedade, recorrência de problemas prévios de saúde mental, insônia)

9-Sociais (prejuízos nas atividades diárias).

O professor destaca a importância da fisioterapia na recuperação de pacientes que tiveram a Covid-19, que em muitos casos possuem longo período de internamento. “A fisioterapia entra dentro desse aspecto na reabilitação pulmonar, controle da fadiga, reestabelecimento da força, do controle neurológico que foi perdido, reestabelecimento do controle neurológico e circulatório e falta de capacidade aeróbica que o paciente apresenta, a gente consegue recuperar esse paciente”, explica.

O fisioterapeuta Rodney Wenke falou sobre o assunto durante a 2ª Maratona de Saúde com o tema “Pandemia: tendências e aprendizados”, realizada pela Escola de Saúde da Uninter. Ele participou do evento no último dia 30.abr.2021, com a palestra “A fisioterapia como serviço essencial à saúde – antes, durante e depois”, mediada pela coordenadora do curso de Fisioterapia da Uninter, Fernanda Cercal. A palestra foi gravada e está disponível ao público. Para assistir, clique aqui.

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Autor: Evandro Tosin - Assistente multimídia
Edição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Kampus Production/Pexels


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