Com cores e pincéis, Suellen ajuda a combater o racismo e o ciberbuliyng

Autor: Evandro Tosin - Assistente multimídia

É na infância que costumamos ter o primeiro contato com as artes, em geral no ensino fundamental. É quando transformamos uma folha em branco usando linhas, cores, traços. Há espaço para tudo aquilo que pode ser desenvolvido por uma mente criativa. Para algumas pessoas funciona como um hobby, mas para outros ela se torna uma profissão, o que pode ampliar os horizontes. A arte comunica.

Através do desenho ou da ilustração também é possível refletir sobre questões sociais e do cotidiano e contribuir com o aprendizado das crianças.  Suellen Ferreira da Silva é ilustradora e já participou da publicação de dois livros. Aos 20 anos, está no terceiro ano do curso de Licenciatura em Artes Visuais da Uninter na modalidade de educação a distância, vinculada ao Polo de Contagem (Eldorado), Minas Gerais.

Recentemente, ela participou da ilustração do livro “Os Bichos de Ana”, de autoria Luiza Marilac, uma história infantil dedicada a crianças que têm apego aos bichos. A personagem Ana adotou os mais diferentes animais: cachorro, gato, rato, tartaruga, entre outros.  A obra está disponível pela Páginas Editora, clique aqui.

“Pra mim era só um hobby, mas comecei a desenhar. Sempre tive interesse, bem antes do curso, desde criança. Depois que comecei o curso, investi em fazer minha página, e arranjar mais gente pra ver o meu trabalho, e pretendo continuar a ilustrar para o público infantil”, comenta Suellen.

Ela lembra que as primeiras disciplinas já cursadas em Artes Visuais fizeram com que aprofundasse os conhecimentos através de estudos de caso. “Me ajudou demais, não sabia mexer com cor, tinha muito problema com isso no meu trabalho, perspectiva, fotografia, grafite, que a gente fez. Pinto com lápis, aquarela, tinta e uso recursos digitais”, lembra.

Suellen fez a ilustração do livro “Meu cabelo não é pro seu governo”, de autoria da professora Monique Pacheco. Destinada ao público infantil, a obra foi lançada durante a 3ª Bienal do Livro Contagem (MG), em 2019, e permite trabalhar a identidade étnico-racial em escolas e demais espaços educativos-culturais. Contribui para o empoderamento das meninas, na formação da identidade e na autoestima e no combate o bullying e ao racismo.

No livro, é possível refletir que a beleza está além dos padrões estéticos. Antes das medidas de isolamento social provocada pela pandemia da Covid-19 e da suspensão das aulas presenciais em quase todas as escolas do país, Suellen e Monique visitaram escolas municipais e participaram de encontros infantis para a realização de trabalhos sobre o assunto.

“O primeiro livro foi relacionado ao racismo e ciberbullying. Então estou sempre tentando encaixar isso no desenho, algumas críticas, porque se a gente tem esse poder expressar isso, abrir, colocar em discussão a gente tem que usar isto”, afirma Suellen.

A gestora do polo da Uninter de Belo Horizonte (Centro), Cláudia Martins, que também administra outros polos da região, deixou uma mensagem de incentivo para a carreira de Suellen no mundo das artes e da educação: “Parabenizamos a aluna pelo belíssimo trabalho e desejamos sucesso em sua carreira como ilustradora. Estamos muito orgulhosos de você”, diz.

A estudante de Licenciatura em Artes Visuais também desenvolveu uma série de quadrinhos disponível para acesso no Polo Uninter Belo Horizonte (Venda Nova), na Rua Padre Pedro Pinto, 422, Sala 401 – B.

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Autor: Evandro Tosin - Assistente multimídia
Edição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal


2 thoughts on “Com cores e pincéis, Suellen ajuda a combater o racismo e o ciberbuliyng

  1. Nossa a matéria ficou ótima , eu acredito do potencial dela vai longe. Minha opinião não pode contar muito sou a mãe orgulhosa hoje é sempre.

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