Cidades inteligentes são feitas para pessoas
Autor: Renata Cristina - Assistente de comunicação
Uma cidade, além do espaço físico, é um lugar de vivências. Ampliar esse olhar é fundamental para a qualidade de vida. Durante a 18ª edição do Encontro de Iniciação Científica e Fórum Científico (ENFOC), promovido pela Uninter, a mesa-redonda “Cidade para Pessoas: Caminhar, permanecer e pertencer”, realizada no dia 27 de agosto, apresentou reflexões sobre o papel dos espaços urbanos para a construção de vínculos e pertencimento.
Mediada pela professora Rafaela Aparecida de Almeida, a mesa também contou com as participações das professoras Joice Kuritza Denck Gonçalves, Andressa Muñoz Slompo e Caroline Vieira de Macedo Brasil e teve como norte a perspectiva das Cidades Educadoras e do compromisso com a Agenda 2030.
O tópico caminhabilidade, apresentado pela professora Joice Kuritza Denck Gonçalves, provocou a reflexão sobre a cidade ser feita para carros e não para pessoas, afetando o sentimento de pertencimento. “Eu quero essa cidade centrada nas pessoas e não nos carros, eu preciso pensar nesse conceito da caminhabilidade. A caminhabilidade é justamente a capacidade que esse espaço oferece de segurança para o pedestre. É um pilar fundamental das cidades inteligentes”, diz Gonçalves.
A professora também destaca o fato de que, um planejamento bem feito e pensado para pessoas, fortalece o senso de pertencimento da população, promovem a convivência e contribuem para a redução da criminalidade. Além disso, influencia também na saúde pública, ao incentivar hábitos mais saudáveis, como as caminhadas, e gera benefícios ambientais, como a diminuição da poluição. Já na economia, espaços urbanos mais eficientes e acessíveis também estimulam o comércio local e reduzem custos com mobilidade e infraestrutura.
A estrutura inteligente de uma cidade passa pela arquitetura. Para a professora Andressa Muñoz Slompo, cada detalhe tem o seu papel para fazer com que a cidade esteja em harmonia com as pessoas. “Ter um cuidado com o calçamento, com a iluminação, com a segurança, com essa relação, de veículo e pessoas. Então tudo isso pode trazer, pela arquitetura e urbanismo, um olhar mais voltado para as pessoas, para que as pessoas realmente aproveitem mais a cidade como pessoa, não só passando ali com carro”, ressalta.
Caroline Vieira de Macedo Brasil falou sobre como a logística urbana sustentável é, também, fundamental no papel de transformar as cidades em ambientes funcionais e, consequentemente, mais acolhedores. “Entra aí a parte da inteligência artificial, dos sistemas. Eles nos ajudam a juntar um volume de dados muito grande para estabelecer qual seria a melhor localização para esses minis hubs de uma forma muito mais rápida do que uma análise que a gente faria manualmente. E você pulveriza isso nas cidades, permitindo entregas por bicicleta, permitindo entregas por veículos leves, elétricos e aí você diminui esse impacto e continua abastecendo a tua cidade”, acrescenta Caroline.
A transmissão completa está disponível no canal da Pesquisa no YouTube.
Autor: Renata Cristina - Assistente de comunicaçãoEdição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Pexels e reprodução do Youtube




