CIDADANIA

Cidades educadoras têm o poder de transformar o Brasil

Autor: Vítor Diniz - Estagiário de Jornalismo

Através da educação progredimos ao longo da vida, adquirimos conhecimentos, aprendemos uma profissão, ganhamos qualidade de vida. O conhecimento compartilhado tem o poder de promover o bem comum, pois a experiência particular de cada cidadão dentro da sua realidade social contribui para avanços nas mais diversas áreas. Por isso a educação é um bem público e tem profundos impactos na vida social.

O conceito de “cidade educadora” vem ganhando relevância desde a década de 1990, e hoje não está mais limitado ao ambiente escolar e acadêmico, pois as discussões que propõem ganharam a arena pública.

“Uma Cidade Educadora é aquela que, para além de suas funções tradicionais, reconhece, promove e exerce um papel educador na vida dos sujeitos, assumindo como desafio permanente a formação integral de seus habitantes. Na Cidade Educadora, as diferentes políticas, espaços, tempos e atores são compreendidos como agentes pedagógicos, capazes de apoiar o desenvolvimento de todo potencial humano”, explica o site oficial do programa.

Os prefeitos, vereadores e demais servidores públicos são os representantes das cidades, e cabe a essas pessoas colocar em prática o projeto de uma cidade educadora. A associação internacional de cidades educadoras, com sede em Barcelona, na Espanha, estabelece e fiscaliza regras para as cidades credenciadas no programa.

O interesse de um município em fazer parte do projeto deve ser manifestado diretamente pelo prefeito. Para isso o prefeito precisa enviar um projeto para a Câmara de Vereadores, e somente após a aprovação do legislativo a prefeitura pode enviar os documentos à sede da associação para que o município seja credenciado.

O programa “Brasil, nosso país em transformação”, que vai ao ar na Rádio Uninter toda terça-feira, às 14h30, abordou esse tema em edição que contou com a presença dos professores Alceli Alves e Sandra Lopes. Alceli explica o quão sério é se tornar uma cidade educadora.

“Quando a cidade é aceita pela associação internacional e se torna uma cidade educadora, ela precisa assumir compromissos, cumprir exigências, não é só ter um rótulo e um status. Nosso país está passando por um processo turbulento, uma transição política, uma transição econômica, de modelo econômico, enfim, diversas dimensões podem ser consideradas, cultural, ambiental, economia, política, social. O Brasil está em transformação, acho muito adequado pensarmos esse tema”, conclui Alceli.

Nos próximos 30 anos haverá um aumento significativo da migração urbana. Segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 68% da população mundial estará vivendo nas cidades até 2050. O debate realizado na Rádio Uninter discutiu os problemas de saneamento básico, de saúde, ambientais, e a demanda por moradia, por educação, por mobilidade urbana. O planejamento das cidades, além de proporcionar mais qualidade de vida para as gerações atuais, também viabiliza um futuro melhor para as próximas gerações.

Sandra Lopes lembra que um dos problemas mais sérios que enfrentamos é o saneamento. “Um ponto que nos preocupa na cidade educadora é o saneamento, é um ponto bem crítico. Saneamento não é só abrir a torneira, saneamento é o uso correto da água em relação ao descarte, em relação à qualidade e a pureza da água que as pessoas bebem, e isso lá na ponta da ramificação vai incluir a saúde pública. O saneamento é algo amplo, vai além de água encanada”, conclui.

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Autor: Vítor Diniz - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Lucilia Guimarães/SMCS Curitiba


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