Aula magna de grupo de pesquisa destaca caminhos para pesquisa acadêmica

Autor: Igor Horbach Carvalho - estagiário de jornalismo

O Grupo de Pesquisa de Prática e Ensino de Gestão em Organizações (Pego) deu início às suas atividades com uma aula magna na noite de 10 de março de 2025. O evento apresentou a importância da pesquisa acadêmica para a formação de estudantes e docentes, além de discutir os projetos que serão desenvolvidos ao longo do ano.  

O professor Juliano Soares, da Universidade Federal de Goiás, foi o convidado da noite, pela sua experiência no campo da gestão organizacional. “O professor Juliano é um pesquisador de referência no campo e já integrou o grupo. Hoje ele lidera projetos de pesquisa e tem uma vasta experiência na produção e publicação de conhecimento científico”, ressalta o professor da Uninter e coordenador do PEGO, Claudio Aurélio Hernandes. 

Um desses projetos de pesquisa é o Laboratório de Contabilidade, Inovação e Sociedade (Lacis) que debate a Gestão da Inovação e Ambidestralidade Organizacional e a Contabilidade para a Inovação: Sociedade e Desenvolvimento através de sete projetos atualmente em andamento.  

A necessidade da pesquisa, segundo o professor, nasceu de uma percepção de que inovação e governança contábil estavam caminhando em caminhos opostos. Assim, os grupos se dedicam a compreender qual o estado em que isso ocorre no dia a dia dos escritórios de contabilidade, como as situações podem ser contornadas e o futuro do mercado.  

Desde que surgiu em 2018 na Universidade Federal de Goiás (UFG), o grupo de pesquisa contou com 25 pesquisadores e mais de 120 produtos científicos. Com atividades de ensino, ações de extensão, pesquisa científica e transferência de conhecimento e tecnologia. 

Soares usou o relato de experiências do grupo para demonstrar na prática o desenvolvimento de pesquisas acadêmicas.

Entre as pesquisas empíricas está o estudo do artigo “Relação entre ambidestralidade e sistemas de controles gerenciais em ONGs Brasileiras”, desenvolvido por Adriana de Azevedo Ramos B. Arantes e o próprio professor Juliano Lima Soares. O objetivo foi compreender como a inovação muitas vezes é afetada pelo enrijecimento dos sistemas contábeis. Ao todo, 227 Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAEs) do país participaram.  

Já a segunda pesquisa com o título de “Modelo de Gestão em organizações contábeis: um estudo sobre a interação entre o grau de ambidestralidade e a maturidade do sistema de controle gerencial”, desenvolvido pelos alunos William Mendes, Thaís Araujo, Danielle Deners dos S. Cartens e o professor Juliano Lima Soares, analisou 21 escritórios de contabilidade que implementaram modelo de gestão mais sofisticados e o reflexo em seus desempenhos e relações com os clientes.  

“Ambidestralidade organizacional e desempenho multidimensional: uma investigação de sua associação em escritórios contábeis brasileiros” foi o resultado da terceira pesquisa. Aqui, 207 escritórios foram analisados em uma variação da satisfação e desempenho. A pesquisa foi realizada por Mariana Martins, Juliette Tavares, Maria Costa e o próprio Juliano Lima Soares. 

O quarto artigo, “Governança corporativa e gestão da inovação: um estudo nas organizações contábeis brasileiras”, desenvolvida por Igor Silva Santos, Maria Costa, Juliette Tavares e Juliano Lima Soares, buscou compreender como um escritório de contabilidade realiza sua própria governança e o impacto posterior na inovação.  

O último estudo apresentado na aula magna foi o de “Artefatos gerenciais e inovação: uma investigação na Feira Hippie de Goiânia”, desenvolvido por Stela Ribeiro de Sant’ana e Juliano Lima Soares. O projeto foi desenvolvido durante a Feira Hippie de Goiânia com 57 participantes. Aqui, buscou-se o quanto as empresas (não contábeis) usam artefatos comerciais, financeiros e planejamento, patrimoniais e de resultado, não importando qual técnica ou modelo.  

Hernandes destaca que o encontro teve como objetivo integrar teoria e prática na pesquisa científica. “A participação dos alunos e professores em atividades de pesquisa amplia a formação, de modo que teoria e prática se mostram complementares e que uma apoia a outra”, afirmou o professor. 

Para os estudantes, a aula magna representou uma oportunidade de conhecer melhor o universo da pesquisa e compreender seu impacto na formação acadêmica e profissional. A aula está disponível no canal do youtube do grupo, através do link.  

Sobre o Pego

O Pego é um dos 21 grupos de pesquisa atuantes na Uninter, que congregam 144 projetos e 345 professores pesquisadores. Em 2025, o grupo contará com 27 pesquisadores docentes e 49 estudantes, incluindo bolsistas e voluntários. A pesquisa será conduzida em cinco linhas principais, divididas em sete projetos, que abrangem temas como e-commerce, inovação, práticas inclusivas e biomimética. 

A expectativa do grupo é que cada projeto resulte em pelo menos uma publicação acadêmica e uma apresentação em eventos científicos ao longo do ano. “No grupo de pesquisa há 5 linhas de pesquisa e 7 projetos. Cada projeto tem um objetivo principal e outros secundários. Mas os trabalhos ocorrem seguindo um fluxo de construção dos próprios pesquisadores durante o ano”, explicou Hernandes.  

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Autor: Igor Horbach Carvalho - estagiário de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski
Revisão Textual: Nayara Rosolen - Analista de Comunicação


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