Atleta paralímpico, entre o sonho e a conquista

Autor: Tatiane Calve e Dinamara Machado*

Os Jogos Paralímpicos são aqueles disputados por pessoas com deficiência física e deficiência sensorial. A primeira participação brasileira em Jogos Paralímpicos aconteceu em 1972, em Heidelberg, na Alemanha Ocidental.

Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2021, a delegação brasileira, mesmo desfalcada de alguns integrantes, teve seu melhor desempenho da história da participação do Brasil nos Jogos, se igualando às conquistas de medalhas dos Jogos do Rio de Janeiro e maior número de medalhas de ouro.

Entre as conquistas de medalha de ouro do Brasil, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, está o Futebol de 5, modalidade disputada por pessoas com deficiência visual. Cabe ressaltar que a equipe de Futebol de 5 do Brasil é referência mundial, conquistando o pentacampeonato em Tóquio.

Um dos atletas paralímpicos medalhista em Tóquio, integrante da equipe de Futebol de 5 brasileira, é Tiago Paraná, que participou da Maratona de Educação Especial, realizada dela Escola Superior de Educação (ESE) da Uninter no dia 21 de setembro, data em que é comemorado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. Ao idealizarmos a maratona, nosso objetivo era de colocar como protagonista aquele que por muitas vezes ficou socialmente à margem.

Tiago Paraná, hoje atleta de alto rendimento, descreveu sua história no futebol de 5, desde o primeiro contato com a bola com gizo, quando ainda criança. Como muitos jovens brasileiros, sonhava em ser um jogador de futebol. Expôs sua rotina de treinamento, explicou as características da modalidade e como ocorrem as competições regionais, nacionais e internacionais. Ele ainda relatou sua experiência durante participação nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro e de Tóquio.

Finalizando sua fala no evento, Tiago Paraná reforçou a importância do estímulo à prática esportiva para pessoas com deficiência ainda na infância e adolescência, para que mais atletas com deficiência possam integrar equipes competitivas e ter visibilidade nacional, possibilitando a chegada ao alto rendimento e participação em competições internacionais.

Apesar do maior número de atletas nas Paralimpíadas, ainda temos muito que avançar. Afinal, ainda tratamos o esporte de rendimento para um grupo seleto. Temos várias ausências em nosso país, e histórias como do Tiago Paraná, nos relembrar o quanto é importante persistir.

* Tatiane Calve, professora da Área de Linguagens Cultural e Corporal, do curso de Educação Física da Uninter. Dinamara Machado, diretora da Escola Superior de Educação da Uninter.

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Autor: Tatiane Calve e Dinamara Machado*
Créditos do Fotógrafo: Alê Cabral/CPB


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