Atividades extensionistas aproximam o aluno da realidade

Autor: Matheus Pferl - Estagiário de Jornalismo

A graduação é um período de grande aprendizado. Cada curso tem suas particularidades, e dentro de cada um há uma grade curricular desenvolvida por profissionais que sabem o que o aluno precisa e deve desenvolver para sair preparado para a vida e o mercado de trabalho.

Diante disso, surgem as atividades extensionistas, com o intuito de fazer o aluno ter um maior contato com a realidade, proporcionando a integração dos conteúdos adquiridos nas disciplinas com os problemas reais encontrados em cada região do Brasil. No curso de Engenharia de Produção da Uninter, as atividades extensionistas estão ligadas ao tema da logística reversa.

Para o professor do curso de Engenharia de Produção Everton Luiz Vieira, essa é uma ótima oportunidade do aluno conhecer e poder aplicar os conhecimentos que são adquiridos no decorrer da graduação. “As atividades extensionistas são uma troca entre Academia e sociedade, para inserir os alunos em vários contextos sociais, econômicos e culturais”, afirma.

As atividades extensionistas foram implantadas pelo MEC na Resolução Nº 7 , de 18 de dezembro de 2018. Com a proposta de criar e conectar alunos e a sociedade, elas são obrigatórias e distribuídas ao longo dos cinco anos do curso. Além disso, são orientadas por um docente específico. Ao todo, as atividades extensionistas correspondem a 10% da carga horária do curso (472 horas).

É importante não confundir as atividades extensionistas com as atividades complementares. São coisas diferentes, as atividades complementares correspondem a 120 horas da carga horária do curso.

“As atividades extensionistas proporcionam aos acadêmicos a oportunidade de conhecer diferentes realidades, no caso do curso de Engenharia de Produção o contexto aplicado é  sobre logística reversa. Os alunos são encorajados a conhecer cooperativas de reciclagem de materiais, conversando com catadores e entendendo a realidade desses profissionais”, explica Everton Luiz.

Logística reversa

O tema das atividades extensionistas do curso de Engenharia de Produção é a logística reversa, dividido em quatro etapas.

Na primeira etapa, os alunos devem procurar uma cooperativa e buscar entender como funciona o processo de reciclagem e coleta de materiais, quais são as rotas de um catador, quando o material chega, o que é feito, quais os tipos e pessoas envolvidas, o fluxograma, além de fazerem pesquisa bibliográfica sobre logística reversa etc.

Na segunda etapa, vão voltar ao local escolhido para visita e identificar potenciais problemas na organização (analisam o manuseio dos materiais, armazenamento, segurança do trabalhador, processos empregados etc).

Na terceira etapa, deve elaborar projetos de melhorias sobre problemas identificados. Na quarta etapa, os alunos devem apresentar aos responsáveis pela cooperativa o projeto e ajudar a implementar.

Ao final de cada etapa, os alunos devem entregar um relatório e um vídeo de um minuto, para mostrar o que fizeram. “É um trabalho hand on, (mão na massa), pelo qual são avaliados e orientados”, ressalta Everton.

Everton Luiz afirma que os acadêmicos terão a oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos durante a graduação, para ajudar as pessoas que trabalham com logística reversa, promovendo a transformação nestes ambientes.

“Como professor, vejo que os alunos que estão fazendo as atividades extensionistas passam por um processo de transformação, como alunos e cidadãos, e passam a enxergar essa realidade onde executam a pesquisa como de extrema importância para a sociedade. É muito satisfatório ver a evolução das pesquisas no decorrer das atividades I, II, III e IV, nota-se o empenho dos alunos no desenvolvimento dos vídeos e relatórios, além das ótimas ideias que são propostas para melhorar o ambiente de trabalho dos locais pesquisados”, relata.

A expectativa é que os projetos desenvolvidos pelos alunos sejam implementados e colocados em prática, para proporcionar melhorias para as empresas. “Essas atividades já vão preparando os alunos para o mercado de trabalho, pois eles começam a enxergar os processos e pensar em melhorias, que é o foco da engenharia de produção, a busca pela melhoria”, conclui Everton Luiz.

As atividades extensionistas do curso de Engenharia de Produção tiveram início no AVA na fase A2 de 2021, no primeiro quadrimestre deste ano.

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Autor: Matheus Pferl - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Leandro Gadelha/WWF


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