Atentado em Orlando desperta polêmica sobre homofobia e terrorismo

O terrorismo está nos holofotes da mídia ao redor do mundo. Não poderia ser diferente depois do massacre que aconteceu na boate Pulse, em Orlando nos Estados Unidos.

No dia 12 de junho, Omar Mateen, americano de 29 anos de idade, carregando um rifle e uma pistola, entrou na boate e assassinou 49 pessoas. Segundo autoridades locais outras 53 pessoas ficaram feridas e correm risco de vida.

Sobre o discurso dos jornais e revistas que relataram o fato, o mais importante a ser destacado é a ligação entre Mateen e grupos religiosos radicais, como Al-Qaeda. O Federal Bureau of Investigation (FBI) informou que existiam contatos entre membros da organização radical do oriente e o agressor.

Apesar da ligação com os grupos radicais, logo que o ataque foi noticiado, o Estado Islâmico declarou nas redes sociais que tomava para si a responsabilidade pelo ato. A comoção pública se seguiu e desde então, com a proximidade das eleições presidenciais, políticos estadunidenses utilizam do ocorrido para defender causas como o controle de armas e o combate à homofobia.

Caroline Silva, coordenadora do curso de Relações Internacionais da UNINTER e doutoranda em Ciência Política, ressalta que “é preciso tomar cuidado com o uso do termo terrorismo, que acaba provocando pânico e caos. Logo, utilizar essa palavra para se referir a um atentado como este é dar espaço para que grupos terroristas se aproveitem da situação”.

Mateen, segundo familiares, não era religioso. Apesar disso, mantinha uma visão conservadora mantendo sua esposa em casa e deixando clara a repulsa por relacionamentos homoafetivos.

“Muita coisa acaba se distorcendo. Um crime de ódio, de preconceito, vinculado a questões homoafetivas acaba tendo sua motivação abafada, pois interessa muito mais falar de terrorismo do que de homofobia” ressalva Caroline.

 

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1 thought on “Atentado em Orlando desperta polêmica sobre homofobia e terrorismo

  1. O fato foi lamentável, uma mistura entre o ocorrido na Noruega a alguns anos atrás e o atentado recente na França. As fronteiras físicas e virtuais foram abertas entre os estados, o problema parece ser um choque entre culturas que não estavam prontas para isto devido seus dogmas fumdamentalistas ou seus ideais de nação. Ambos, sociedade civil e estado, agora teem um grande desafio pela frente.

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