Aprendizagem adaptativa: inteligência artificial a serviço do ensino

Autor: Milena Souza - Estagiária de Jornalismo

A aprendizagem adaptativa busca promover o ensino fazendo uso de softwares adaptáveis ao estilo de cada pessoa. Trata-se de uma forma de se empregar a tecnologia para maximizar a aprendizagem, fazendo uso da inteligência artificial, que torna a máquina capaz de interagir com um estudante de forma a atender suas necessidades de aprendizagem.

Esse foi o assunto da última edição do programa Atualidades da Educação, exibido em 17.ago.2021 via canal de YouTube da Rádio Uninter. A live, intitulada Aprendizagem Adaptativa, contou com a participação do filósofo e professor do Mestrado em Educação da Uninter Alvino Moser, que recebeu como convidado o também professor do programa de mestrado Luciano Frontino. Na ocasião, eles conversaram sobre estratégias de aprendizagem utilizando computadores e softwares como ferramentas de interação.

“Nas pesquisas que temos feito as ferramentas de aprendizagem têm ficado mais inteligentes, e estamos adaptando essas ferramentas. Tem muita coisa no ser humano que as máquinas não conseguem fazer, mas é possível fazer com que as pessoas se acostumem a conversar com os softwares de assistentes virtuais. O aluno pode interagir com a ferramenta e adquirir respostas de acordo com a sua necessidade”, explica Luciano.

Para o professor, o assistente de conhecimento virtual precisa se adequar ao nível de aprendizagem em que o o aluno se encontra. “A integração pode acontecer em vários níveis, de forma que promova testes pra descobrir qual a maneira de aquele aluno estudar. O aluno, quando está em login na ferramenta, é acompanhado e conseguimos ver o seu desenvolvimento”.

Hoje a tecnologia permite ao estudante sair do papel de passividade, promovendo uma interação maior. Luciano acredita que quando a pessoa está interagindo com o assistente é como se estivesse lendo um livro. Nesse sentido, a ferramenta pode fazer a interação e pode ser preparada para dar diversas alternativas de conteúdo, para que a pessoa tenha várias possibilidades de fazer o aprendizado acontecer. “Há uma responsabilidade do aprendizado da pessoa em si podendo entrar na ferramenta e explorar as alternativas”, comenta.

Outro ponto abordado na conversa foi a criação do software assistente “Toxe”: um software que, explica Luciano, foi desenvolvido como uma ferramenta de conexão. “Opera no aspecto de microlaims. Trabalha o conhecimento em pequenas partes e de maneira pontual. O aluno pode entrar na ferramenta e o assistente faz essa conversão, abordando as perguntas de acordo com aquele tema. Vai dando feedbacks de quantos conceitos foram trabalhados e do quanto o aluno ainda precisa aprender”.

Ele ainda explica que o software pode fazer com que o assistente fique restrito a um conteúdo específico. Mas pode ser programado para recuperar templates da internet, que vão surgindo ao longo de pesquisas.

“Na Uninter esse tipo de assistente virtual será a evolução. Esses assistentes tendem a substituir os ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs). O foco vem para aquilo que o usuário quer, e o software vai oferecer isso para o aluno. O assistente tem um nível de controle. Os AVAs vão sair dessa passividade e vão se tornar assistentes virtuais com equipe e professores por trás”, ressalta o professor.

Para concluir, Luciano acredita que a inteligência artificial não deixa de ser uma ciência humana, e vem para facilitar a vida das pessoas. “Mas são ferramentas complementares para o ensino, por isso é importante o comprometimento do aluno”, conclui.

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Autor: Milena Souza - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro


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