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Animação vira técnica de mediação em EAD

A era da informação nos acompanha há um bom tempo, mas nunca se buscou tanto conhecimento como nos dias de hoje. Uma prova disso é o aumento da procura por cursos de graduação e especialização no Brasil, o que mostra o crescente interesse de quem quer continuar aprendendo e, assim, garantir um futuro profissional melhor.

Em 2005 as matrículas no ensino superior chegavam a 4,5 milhões. Segundo dados do último Censo da Educação Superior, em 2017 o número de estudantes já ultrapassava a casa dos 8 milhões. Com o avanço do ensino EAD no país, esse número só tende a crescer. Mas é preciso muito esforço e um trabalho diferenciado por parte das instituições de ensino visando aumentar a taxa de permanência dos estudantes nestes cursos.

Para entender melhor o cenário, pesquisadores e professores têm se empenhado na produção de trabalhos acadêmicos sobre o universo do ensino EAD. Um deles é André Luiz P. dos Santos, aluno do Mestrado Profissional em Educação e Novas Tecnologias da Uninter, que produziu o artigo “Animação como Ferramenta no Processo de Mediação do Ensino e Aprendizagem de Alunos da Modalidade de Ensino a Distância”.

O trabalho foi apresentado no 24° Congresso Internacional ABED de Educação à Distância, entre os dias 3 e 07 de outubro, em Florianópolis (SC). O trabalho abordou o uso de animações como ferramenta de mediação no EAD, especificamente para os graduandos de Artes Visuais, e mostrou que para atrair os alunos é preciso mais do que apenas a oferta de flexibilidade e bons preços. A motivação do estudante e o melhor suporte são essenciais nesse processo.

“Por não existirem muitas publicações sobre Artes Visuais na modalidade EAD, essa pesquisa pode contribuir academicamente com o meio. A participação no congresso foi muito importante. Pude perceber como nós, na Uninter, temos um bom trabalho comparado a outras instituições. Foi um evento grande, com muitas possibilidades de contato e aprendizado”, comenta André Luiz.

O estudante também contou com a ajuda do seu orientador no mestrado, Rodrigo Otávio dos Santos, e diz que o apoio, tanto na elaboração quanto na apresentação do artigo, foi essencial. “Sem contar que conversamos muito a respeito do que aconteceria no evento, dado sua experiência”, acrescenta.

“Minha apresentação junto com André foi sobre formas de se utilizar animações em salas de aula a distância. Assim, apresentamos algumas metodologias e ideias para que professores, principalmente de ensino de artes, mas não somente, tivessem em suas mãos mais uma ferramenta para ensinar e motivar seus alunos”, explica o professor.

O docente também reforça a importância da troca de experiência com outros pesquisadores da área, e com os trabalhos aplicados em outras instituições. “Nosso grupo de pesquisa Educomunicação tem se mostrado muito atuante em diversos congressos e periódicos, estudando sempre a relação entre a comunicação e a educação”, comenta.

Para eles, é possível aplicar diversas ferramentas nesse âmbito e tornar o aprendizado mais efetivo “Estudamos coisas como cinema, música, histórias em quadrinhos, televisão, videogames e tantas outras obras comunicacionais que não foram pensadas para a educação no contexto de sala de aula”, completa.

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Autor: Jaqueline Deina - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König - Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal

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