Aluna concilia maternidade e estudos para abrir seu próprio negócio

Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismo

O sonho de empreender é algo presente no imaginário de muitas pessoas. Mesmo com a crise econômica, são muitos os que buscam começar seu próprio negócio e ter mais autonomia com relação ao seu sustento.  Em 2022, o Brasil registrou 3.838.063 novas empresas.

O ano terminou com saldo positivo de 2.142.300 novas empresas abertas durante o período, com 20.191.290 empresas ativas ao final de 2022. Os dados fazem parte do Mapa de Empresas elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

Entre aqueles que se aventuram no mundo empreendedor está Rafaela Maggi, aluna egressa do curso de Gestão Comercial da Uninter. Moradora da cidade de Itapoá (SC), ela é uma das pessoas que decidiram empreender em meio à pandemia de covid-19.

A estudante integra um grupo que vem crescendo: o de mulheres empreendedoras. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com o Global Entrepreneurship Monitor 2020, atualmente as mulheres correspondem a 46% dos empreendedores iniciais em 2020.

O novo caminho trilhado por Rafaela, entretanto, veio acompanhado de outros desafios. Com a necessidade de se profissionalizar e dar início a sua caminhada, Rafaela foi obrigada a conciliar o novo trabalho com os estudos na Uninter e a maternidade.

Estudos, maternidade e um sonho realizado

Natural de Curitiba (PR), Rafaela residiu em diferentes lugares do país. Ao sair da capital paranaense, mudou-se para o Ceará, onde viveu por dois anos. Logo decidiu retornar para o Sul, para a cidade de Itapoá, litoral de Santa Catarina. Rafaela criou raízes na cidade, onde permanece há 24 anos.

Quando iniciou o curso de Gestão Comercial na Uninter em 2021, estava em início de gravidez. “Durante a gestação, eu tinha maior tempo. Eu não estava trabalhando e tinha mais tempo para me dedicar ao curso”, conta.

Mas, conciliar maternidade e estudos evidentemente não é algo fácil e o desafio foi dividir as atenções entre a gestação e as rotas de aprendizagem.  Após o nascimento de sua filha Isis, o tempo se tornou escasso.

Durante o primeiro mês, Rafaela não conseguiu assistir às aulas e acompanhar o curso. Com o passar dos meses, foi adaptando sua rotina e buscou conciliar os cuidados da filha com as matérias do curso. O esposo, João Guilherme, teve papel importante nisso. Aluno de Engenharia Computacional da  Uninter, João auxiliou Rafaela a todo o tempo para que ela pudesse realizar as atividades da faculdade.

Residindo em uma cidade pequena e sem tantas possibilidades trabalhistas, Rafaela se viu na necessidade de desenvolver algo próprio e original na região. Desde 2018, ela tinha a ideia de empreender em um ramo bem específico, o de produtos eróticos. Assim nasceu o tão sonhado empreendimento da aluna.

O Sexy Shop Itapoá foi inaugurado no segundo semestre de 2022, fazendo com que Rafaela tivesse que conciliar maternidade, estudos e trabalho. A grande procura pelos produtos pelas redes sociais impulsionou o trabalho de Rafaela nos últimos meses. Agora ela busca ampliar seus horizontes, tendo projeções de vender para todo o Brasil.

“No início, eu não queria divulgar a minha identidade nas redes da loja. Mas mudei essa percepção e isso fez o negócio deslanchar. Depois que apareci em imagens e vídeos, as vendas aumentaram muito”.

Rafaela também se encaixa no grupo de mulheres empreendedoras que conseguiram se aprimorar através do estudo. Segundo o estudo “Mulheres Empreendedoras e Seus Negócios 2022”, conduzido pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME) apenas 28% das empreendedoras possuem Ensino Superior.

Mães empreendedoras

O Estudo “Mulheres Empreendedoras e Seus Negócios 2022”, aponta que sete em cada 10 mulheres que empreendem no Brasil possuem filhos, como é o caso de Rafaela. Após se formar e iniciar seu empreendimento, ela passou a incentivar outras mães da região de Itapoá a começarem seus próprios negócios.

“Tenho muitas amigas que são mães e tinham medo de começar algo. Eu as ajudo e divulgo os trabalhos, porque sei que não é fácil ser mãe e empreendedora”, conta.

A agora aluna egressa da Uninter afirma que o curso de Gestão Comercial teve impacto muito positivo e permitiu que ela pudesse ajudar outras pessoas a se inserirem nesse universo.

“Elas não tiveram o aporte que eu tive. Estou tentando passar esse conhecimento para elas. Não adianta somente eu crescer, quero que elas também possam crescer”, ressalta.

 

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Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal


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