A dança se transforma em arquitetura premiada

Autor: Maria Vitória Alves da Silva - Assistente de Comunicação Acadêmica

Com curvas que remetem ao movimento da dança e à leveza de uma coreografia, o projeto “La Danza” garantiu ao estudante de Arquitetura e Urbanismo da Uninter, Eduardo Daniel Gust, o primeiro lugar no Prêmio Deca 2025, categoria “Viver Ambientes” (Estudantes). O concurso, de alcance nacional, premia talentos emergentes da arquitetura e do design, e destacou a proposta do aluno como exemplo de inovação, técnica e sensibilidade artística desenvolvidas ao longo de sua trajetória acadêmica. 

A história de Eduardo com a arquitetura não começou dentro de uma sala de aula tradicional. Antes mesmo de ingressar no curso, ele já havia trilhado um caminho no campo da engenharia civil. Formado e atuante na área, com registro profissional no CREA-PR, decidiu ampliar sua formação acadêmica e explorar um universo que unisse técnica e sensibilidade. 

Fundador da GUST Engenharia, escritório que desenvolve projetos arquitetônicos e de engenharia, Eduardo sempre demonstrou interesse em soluções criativas para ambientes. Foi esse olhar para além da estrutura, buscando traduzir em espaços conceitos e histórias, que o aproximou da arquitetura. 

A escolha pela Uninter foi estratégica, o modelo de ensino a distância ofereceu flexibilidade para conciliar os estudos com a rotina de trabalho, sem abrir mão da qualidade. “A Uninter me possibilitou continuar atuando profissionalmente e, ao mesmo tempo, mergulhar nos estudos de arquitetura. Foi a melhor decisão para mim naquele momento”, contou. 

A premiação no Prêmio Deca veio com um projeto que é, ao mesmo tempo, técnico e poético. Batizado de “La Danza”, o ambiente vencedor foi concebido a partir de uma inspiração muito pessoal: a dança, como homenagem à sua noiva e sócia na GUST Engenharia, Tayná Koehler, que também é dançarina. 

“Quis trazer para o projeto a leveza dos movimentos da dança, a harmonia que existe em cada passo. A ideia foi criar um espaço que traduzisse essa poesia em forma de arquitetura”, explicou Eduardo. 

No desenvolvimento do projeto, ele recorreu a ferramentas clássicas da composição artística, como a proporção áurea, para organizar formas e volumes. O contraste de materiais foi outro ponto de destaque: o MDF Nogueira Bourbon se contrapôs ao porcelanato Mezzo Portinari, criando a atmosfera sofisticada e acolhedora. 

A iluminação cênica completou a narrativa do espaço, criando sensações de movimento e profundidade. Mais do que uma cozinha funcional, Eduardo projetou o ambiente para ser uma experiência sensorial, na qual estética e usabilidade caminham juntas. 

Esse cuidado chamou atenção do júri do Prêmio Deca, que avaliou centenas de inscrições de estudantes de todo o Brasil. “É um reconhecimento que me deixa muito feliz. Saber que a minha proposta se destacou em meio a tantos trabalhos incríveis é motivador para continuar nessa trajetória”, celebrou. 

Embora talento e dedicação tenham sido determinantes para o resultado, Eduardo reconhece também a importância de sua trajetória acadêmica. Dentro da disciplina Ateliê de Projeto Integrado, são desenvolvidos projetos arquitetônicos desafiando os estudantes a enfrentar problemas reais desde os primeiros anos da graduação. 

“Desde o início, no ateliê, somos incentivados a criar projetos completos, que envolvem pesquisa, criatividade e aplicação prática. Esse estímulo foi essencial para que eu pudesse participar do prêmio com segurança”, relatou. 

O professor Davidson Francis Souza Felipe, que acompanhou o trabalho, reforça que esse formato faz diferença. “O Ateliê de Projeto Integrado coloca o aluno diante de situações que simulam a realidade profissional. Eles aprendem a elaborar pranchas, a estruturar conceitos e a defender suas propostas. Quando o Eduardo levou o ‘La Danza’ para o Prêmio Deca, já estava acostumado com esse processo, o que contribuiu para o destaque dele”. 

Para o professor, a conquista do estudante tem um significado ainda maior por se tratar de um curso realizado a distância. “Existe um preconceito no mercado em relação ao EAD, principalmente em áreas como arquitetura. Essa vitória mostra que nossos alunos estão preparados, têm a mesma capacidade de competir em alto nível e alcançar reconhecimento nacional”. 

Davidson também destacou o impacto da conquista entre os colegas “O Eduardo se tornou um exemplo para a turma. Os colegas viram que é possível, que participar de concursos agrega muito à formação e pode abrir portas. Esse efeito multiplicador é tão importante quanto o prêmio em si”. 

O Prêmio Deca é considerado o maior reconhecimento nacional de arquitetura e design, promovido pela Dexco, detentora de marcas como Deca e Portinari. Em sua 28ª edição, recebeu inscrições de estudantes e profissionais de todo o Brasil, divididos em categorias que valorizam tanto novos talentos quanto nomes consolidados. 

Na categoria “Viver Ambientes” (Estudantes), o desafio foi criar um espaço de cozinha que refletisse o conceito de “cozinhar, ver e viver”. O “La Danza” se encaixou perfeitamente nesse propósito, trazendo sensibilidade e inovação. 

Além do troféu, Eduardo recebeu como premiação um notebook de alta performance, licenças de softwares especializados e a oportunidade de participar de visitas técnicas casa e fábrica Dexco em São Paulo. Mais do que prêmios materiais, a experiência representou a chance de expandir sua rede de contatos e conhecer de perto o funcionamento do setor. 

“É um divisor de águas. Ter esse reconhecimento me dá ainda mais confiança para seguir investindo na arquitetura. Também me mostra que estou no caminho certo ao unir técnica, sensibilidade e dedicação”, disse o estudante. 

O prêmio não é um ponto final, mas um impulso para os próximos capítulos da carreira de Eduardo. À frente da GUST Engenharia, ele planeja investir em projetos que traduzam a identidade dos clientes de forma única. “Acredito que cada projeto tem que contar uma história. O prêmio reforçou essa visão e me inspira a continuar explorando novos caminhos criativos”, afirmou. 

Ele também pretende seguir participando de concursos, que considera uma oportunidade de aprendizado e visibilidade. “Cada desafio é uma chance de crescer, de experimentar novas ideias e de se conectar com outros profissionais. Essa experiência me motiva a continuar”, completou. 

Mais do que um reconhecimento individual, a vitória de Eduardo é um marco para a Uninter. Ao mostrar que alunos da instituição podem se destacar em premiações nacionais, reforça-se a qualidade da formação oferecida e a relevância da metodologia adotada. 

Para Davidson, o impacto é coletivo: “Ver um colega de sala conquistar um prêmio desse porte inspira todos os demais estudantes. É uma prova de que o esforço e a dedicação, aliados ao suporte acadêmico, podem levar a resultados grandiosos”. 

A vitória no 28º Prêmio Deca é o reflexo de talento, dedicação e da formação recebida na Uninter, mas também um convite para que outros estudantes acreditem no próprio potencial. 

Afinal, como o projeto vencedor simboliza, a arquitetura pode ser tão leve e envolvente quanto uma dança, e, quando unida à paixão e ao conhecimento, é capaz de conquistar palcos nacionais. 

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Autor: Maria Vitória Alves da Silva - Assistente de Comunicação Acadêmica
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal


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