3I/ATLAS: Vulcanos sem interesse na Terra

Um dos grandes destaques de 2025, um objeto vindo das profundezas do espaço foi detectado pelo projeto ATLAS, no Chile. Chamado 3I/ATLAS, ele é apenas o terceiro cometa interestelar já observado pelo ser humano. Mas sua trajetória e comportamento levantaram perguntas que vão além da ciência.

Comportamentos como a cauda que cresceu significativamente, emissão de sinais de rádio naturais, oscilações na trajetória e mudanças visuais como variações de cor (vermelho, verde e azul) reacenderam debates sobre a possibilidade de tecnologia alienígena, embora a comunidade científica mantenha uma postura cética.

Aqui nos faz lembrar da série Salvation, de 2017, em que um objeto aparentemente inerte se revela uma nave após comportamento anômalo. Situação parecida com o 3I/ATLAS, que apresentou aceleração não gravitacional, explicado pela desgaseificação, mas que ainda alimenta especulações de muitos sobre um controle ativo.

Também recorda o filme Star Trek: Fisrt Contact. Nele, os Vulcanos estão de passagem pelo nosso sistema solar, e só se interessam pela Terra porque os humanos conseguiram a velocidade de dobra, ou seja, superar a velocidade da luz. Analogamente, se o 3I/ATLAS fosse uma nave, poderia estar avaliando nosso estágio tecnológico. Sem sinais de avanço interestelar, seríamos irrelevantes para uma civilização avançada.

Então se uma civilização avançada observa nosso planeta, será que ainda somos irrelevantes para eles? E se o 3I/ATLAS não for apenas gelo e poeira? E se for um mensageiro silencioso? Estamos prontos para aprender, caso não estejamos sozinhos?

A presença de objetos interestelares como o 3I/ATLAS nos obriga a refletir sobre três dimensões:

1. Humildade Cósmica

A vastidão do universo e a possibilidade de outras inteligências desafiam nossa centralidade. Se formos observados, talvez sejamos apenas um ponto irrelevante em uma escala maior.

2. Pressão Evolutiva

A hipótese de que civilizações avançadas só interagem com espécies capazes de viagens interestelares sugere um “filtro tecnológico”. Isso pode acelerar investimentos em propulsão avançada, energia limpa e exploração espacial.

3. Ética e Preparação

Caso um contato ocorra, estaremos prontos para responder?

Até o momento, não há evidências de origem artificial para o 3I/ATLAS. Contudo, sua presença reforça a importância da vigilância astronômica e da reflexão sobre nosso lugar no cosmos. A ciência busca respostas, mas a imaginação nos lembra que o desconhecido é sempre maior do que pensamos.

 

*Alvaro Crovador é mestre em educação, físico e Coordenador de Pós-Graduação do Centro Universitário Internacional UNINTER.

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Autor: *Alvaro Crovador
Créditos do Fotógrafo: Rodrigo Leal/Banco Uninter e Alex Andrews/Pexels