Você sabe como se comportar em videoconferências?

Autor: Arthur Salles - Estagiário de Jornalismo

A prática do home office tem aumentado no Brasil dos últimos anos. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que a modalidade de trabalho aumentou em 21% entre 2017 e 2018, quando 3,8 milhões de brasileiros estavam atuando dessa forma. Com a chegada da pandemia de Covid-19 e a necessidade do isolamento social, esses números cresceram ainda mais.

Embora já fosse uma tendência em alta, poucas empresas haviam planejado normas de teletrabalho para seus profissionais quando se viram obrigadas a adotar a prática. Como, então, os funcionários podem saber quais são as posturas adequadas para essa nova rotina?

Foi essa questão que o último episódio do Diversos da Pós trouxe para debate. Transmitido em 06.08.2020 pela Rádio Uninter, o programa teve a participação dos professores da Uninter William Sales, Cristiane Ripka, Joice Diaz e Oriana Gaio, que discutiram sobre comportamento e etiqueta em videoconferências de trabalho.

“O que as empresas têm falado é que, na verdade, não existe ainda um código ou uma etiqueta formal. A ideia é a gente sempre trabalhar com o bom senso”, destacou Oriana, que é professora e tutora dos cursos de Gestão de Recursos Humanos. “De repente, todo mundo se viu nesse cenário [de pandemia]. E nós não estávamos preparados”.

Mais do que seguir regras rígidas, é importante que o profissional conheça o que é permitido e o que é proibido em seu ambiente de trabalho. Seja em uma empresa formal ou em um local mais descontraído, o trabalhador deve se portar a distância do mesmo modo como o fazia presencialmente.

Uma das preocupações que surgiram é com o cenário que irá aparecer na imagem. Ruídos de objetos ou de pessoas próximas do ambiente são os exemplos de imprevistos mais comuns, que já aconteciam nos escritórios antes mesmo da pandemia. Cabe ao trabalhador contornar essas ocasiões, assim como aos demais colegas compreenderem que nem tudo está sob controle.

É por isso que o profissional deve se atentar às situações que estão ao seu alcance. Confira algumas dicas dos professores de como controlar o ambiente de trabalho durante videoconferências:

  1. Organizar os horários de reunião por vídeo com a família. Com a pandemia, as escolas também estão de portas fechadas. Ainda que eventualmente os filhos apareçam ou falem ao fundo das transmissões, é melhor evitar distrações.
  2. Saber com que ferramentas se está lidando. É importante que o trabalhador saiba como funciona a plataforma de transmissão, como enquadrar adequadamente a câmera, ajustar o microfone para evitar interferências, saber de que maneira as luzes do ambiente o exibem etc.
  3. Escolher ambientes adequados. Faça uso de locais fechados e com boa iluminação, evitando ser interrompido por barulhos ou outras pessoas.
  4. Compreender o atraso dos demais participantes. É necessário entender o possível atraso da conexão de internet dos outros colegas. A melhor forma de evitar interrupções e constrangimentos é aguardar alguns segundos após a própria fala, de modo que os demais possam responder adequadamente.
  5. Cuidado com a aparência. O profissional precisa se vestir de acordo com o perfil exigido pela empresa. Cabelo e barba também devem ser cuidados.
  6. Saber o que está sendo exibido na câmera. A preferência é de evitar distrações visuais ou que possam comprometer sua intimidade.
  7. Manter a câmera ligada em respeito aos participantes. Conversar com janelas em branco pode agravar a sensação de solidão causada pelo isolamento social. Além disso, é importante que a equipe trabalhe e se exiba em conjunto nesses momentos de conferência.

O programa Diversos da Pós é transmitido pela Rádio Uninter a cada duas semanas, às 19h, nas quintas-feiras. As edições reúnem professores de diferentes áreas de atuação, como Saúde, Logística e Educação, com o intuito de discutir assuntos da vida profissional, acadêmica e pessoal.

As transmissões podem ser acompanhadas pela página do Facebook ou pelo site da rádio, onde os episódios são armazenados e podem ser ouvidos a qualquer instante.

Home office brasileiro na pandemia

Realizada pelo IBGE, a Pnad Covid-19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) indica que o regime de trabalho remoto alcançou seu pico durante a primeira semana de junho deste ano: 8,9 milhões de brasileiros estavam atuando de suas casas. A última amostra, com a média do mesmo mês, aponta que 8,6 milhões seguiam com o regime de teletrabalho.

Em junho, a região Sudeste, com a maior taxa de trabalho remoto, concentrou 16,2% da força de trabalho a distância. No mesmo período, a região Norte alocou 5,7% de seus trabalhadores ativos na modalidade, com a menor taxa entre as cinco regiões do país.

As mulheres dominaram o cenário: 4,8 milhões de trabalhadoras estavam em teletrabalho durante o mês de junho, enquanto o número de homens chegou a 3,8 milhões.

Da população branca, 17% estava trabalhando de casa. A metade desse número, 8,5%, corresponde à taxa de trabalhadores pretos ou pardos ativos na mesma situação.

Trabalhadores com superior completo ou pós-graduação chegaram a representar 37,3% dos profissionais em home office no mesmo período. Já os sem instrução ou com fundamental incompleto representam 0,4% da categoria.

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Autor: Arthur Salles - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Anna Shvets/Pexels


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