Visão de futuro é essencial para um negócio digital

Autor: Kethlyn Saibert - Estagiária de Jornalismo

O mercado digital é a tendência do mundo dos negócios. Os consumidores têm buscado cada vez mais produtos e serviços na internet, comportamento que se intensificou na pandemia de Covid-19, uma vez que é mais prático comprar online em um cenário de distanciamento social. Mesmo que o negócio não seja totalmente adaptável ao formato virtual, a empresa deve ter ao menos uma presença digital.

Neste sentido, há empresas que nascem para serem digitais. O empreendedorismo digital é uma opção rápida, prática e barata de abrir um negócio, já que não há necessidade de possuir uma estrutura física, além de não precisar de um volume grande de funcionários, por exemplo. Essa é a lógica das startups – empresas que são criadas no formato digital com o objetivo de oferecer soluções inovadoras.

Para um negócio digital ter sucesso, deve-se ter uma visão ampla de mercado. Isto é, olhar para o que já foi oferecido por outras empresas no passado e no presente, e fazer um estudo de caso para o que pode ser ofertado no futuro. Essas questões foram discutidas na maratona “Venda + Na Black Friday” da Escola Superior de Gestão, Comunicação e Negócios da Uninter, na palestra “Negócios digitais: gestão da complexidade e tecnologias exponenciais”, transmitida no YouTube, e apresentada por Vivian Escorsin, consultora da área de Startup & Inovação do Sebrae/PR. A mediação ficou por conta da professora Cristiana Thrun.

Vivian afirma que analisar relatórios de dados sobre os principais segmentos de startups é essencial para desenvolver uma ideia. Ela cita o estudo da Associação Brasileira de Startups, no qual foi constatado que mais de 12.500 startups atuam no Brasil, sendo os principais mercados as áreas de Educação, Financeira e Bem-estar. “Olhar para esses estudos é muito importante para a tomada de decisões, principalmente neste momento de tecnologias exponenciais, em que as coisas mudam do dia para noite e têm uma velocidade muito maior de acontecimentos, de mudanças e aparecimento de novas tecnologias”, explica a consultora.

Vivian ressalta que para criar uma startup é preciso identificar uma “dor” – uma necessidade no mercado. “É preciso ver o problema e as soluções que já existem. Qual é o problema que existe hoje e que as empresas não estão resolvendo? Será que eu posso resolver? E quem [público] é que sente essa dor?”, aponta. Essas questões são o primeiro passo para uma ideia se tornar um projeto.

A consultora cita o exemplo da startup Ebanx, sediada em Curitiba, que cresceu no mercado financeiro (fintech) inovando com soluções de pagamento, conectando consumidores latino-americanos a empresas globais. A Ebanx desenvolveu integração em uma necessidade que existia e se consolidou. Hoje, a empresa é o primeiro unicórnio (empresas avaliadas em um bilhão de dólares) da região sul do país. Recentemente, a startup anunciou que está fazendo parceira com a Uber para pagamentos com o sistema PIX – a mais nova tendência de meio de pagamento digital do Brasil.

Vivian ainda ressalta o pequeno case de sucesso da Cor.Sync, startup criada há um ano, mas que já ganhou notoriedade num evento internacional. A empresa criou um dispositivo que faz um diagnóstico rápido de doenças cardiovasculares isquêmicas. “Cases pequenos conectados com a cultura de inovação e tecnologia começam a ganhar o mundo e participar de oportunidades de capacitação e desenvolvimento”, afirma.

Vivian salienta que o diferencial de uma empresa é saber o porquê ela oferece um determinado produto/serviço e qual é a sua relevância no mercado. “Olhar só para o passado faz com que a gente continue repetindo as coisas do passado. Olhar só para o presente faz com que a gente crie coisas similares ao que já existe. Quando a gente começa a projetar diferentes tipos de cenário, começamos a ter um olhar diferente sobre o futuro”, explica a consultora. Desta forma, é possível conectar diferentes cenários com o que é a realidade atual.

Para concluir, Vivian destaca que é importante estar atento às tendências e novidades do mundo dos negócios, e indica o Guia de Tendências 2020/2021 – Sociedade de consumo em tempos de pandemia, disponível no site do Sebrae/PR.

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Autor: Kethlyn Saibert - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro


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