Um caminho para acabar com a pandemia silenciosa do trânsito
Autor: Vitor Diniz - Estagiário de Jornalismo
Oficializado no dia 11.mai.2011 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o “maio amarelo” é uma ação que incentiva a segurança no trânsito. No Brasil, o governo federal coordena essa ação desde 2014. De acordo com o site oficial da ação de trânsito no Brasil, o amarelo foi escolhido por ser a cor de advertência no trânsito. As placas amarelas alertam quanto a possíveis perigos nas estradas; nos semáforos, significa atenção; e na ação do mês de maio, significa o alerta para o trânsito em todo o mundo.
A palavra “trânsito” (do latim transitus) significa movimentar, circular, ir de um lugar a outro. Ou seja, o trânsito vai além de automóveis andando sob o asfalto, refere-se a tudo aquilo que está em constante movimento em locais públicos, como pedestres, ciclistas, motociclistas, motoristas, todos aqueles que transitam.
Pensando em contribuir para a segurança no trânsito, o tutor do curso de Gestão do Trânsito e Mobilidade Urbana da Uninter, Valdilson Aparecido Lopes, escreveu o livro “Educação para o trânsito e prevenção de acidentes”, já disponível no site da Editora Intersaberes.
“A proposta de escrever o livro partiu do professor Gerson, coordenador do curso de Gestão do Trânsito e Mobilidade Urbana, mas o meu relacionamento com o trânsito já vem de muitos anos. Realizei o curso de Estrutura de Trânsito pelo Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET), e a partir disso comecei a trabalhar com autoescola”, conta Valdilson.
Enquanto profissional, Valdilson sentia a necessidade de fazer algo a mais para contribuir com a educação para o trânsito. Cursou Pedagogia e Psicopedagogia, que na época eram cursos ofertados pela Faculdade Internacional de Curitiba (Facinter), um dos embriões da Uninter ao lado da Fatec. Mas o desejo de se especializar não parou por aí. Aceitando um convite da professora Siderly Almeida, também cursou o Mestrado Profissional de Educação e Novas Tecnologias da Uninter.
O livro vai contribuir para os cursos que envolvem questões voltadas ao trânsito, podendo ser usado como referência. Para o escritor, esse livro “é uma das poucas obras que temos no Brasil falando sobre a educação e prevenção de acidentes de trânsito. Quando falamos em educação e prevenção de acidentes, nos referimos à ocasião em que acontece um acidente que você não queria que acontecesse”, explica.
A obra aborda assuntos como a história do trânsito no Brasil, o desenvolvimento das rodovias, e quais atitudes podem ser tomadas para melhorar o trânsito nos dias atuais.
“Esse livro vem para contribuir com a melhoria no trânsito, a gente muda o futuro de um país através da educação para o trânsito. E nós, enquanto Centro Universitário, temos essa obrigação de levar uma educação de qualidade para informar as pessoas e reduzir o número de acidentes. São situações que a gente leva para o meio acadêmico com o intuito de melhorar a vida das pessoas”, afirma Valdilson.
Como educar para o trânsito?
Segundo o autor, existe uma “pandemia silenciosa do trânsito” no país. “Anualmente morrem 40 mil pessoas no trânsito brasileiro, isso para mim é uma pandemia. As pessoas contribuem para a sociedade dentro de suas profissões, e quando sofrem um acidente fatal no trânsito, estão tendo o seu direito à vida interrompido. Se não educarmos as pessoas para o trânsito, depois teremos que as punir, existem leis, e todos nós temos direitos e deveres”, explica.
Lopes disse que a publicação de sua obra deve ficar como um convite para outros professores da área. “Convido professores especialistas de trânsito para somar conosco e escrever livros. A educação para o trânsito precisa de publicações, de material, precisamos de obras. A minha família e a sua família transitam, a nossa economia e tudo o que nós produzimos transita, por isso devemos melhorar a qualidade do trânsito”, conclui.
Autor: Vitor Diniz - Estagiário de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
