Segurança pública e segurança privada devem caminhar juntas

Autor: Sandy Lilia Silva - estagiária de jornalismo

Pelo terceiro ano consecutivo, a Escola Superior de Gestão Pública, Política, Jurídica e Segurança (ESGPPJS) da Uninter realizou o evento on-line Segurança em Debate. Reunindo diversos especialistas da área de segurança pública e segurança privada, trouxe, nos dois dias de evento, discussões e debates sobre os desafios da segurança pública brasileira.

As palestras virtuais contaram com a presença do presidente da fundação Wilson Pickler e vice-reitor, Jorge Bernardi; do pró-reitor de graduação, Rodrigo Berté; do coordenador do curso superior de Tecnologia em Gestão de Segurança Privada, Felipe Laurini Tonetti; do coordenador do curso superior de Tecnologia em Segurança Pública, Gerson Luiz Buczenko, da diretora da Escola Jurídica,  Débora Veneral, e da professora dos cursos de Segurança Pública e Gestão de Segurança Privada Tatiana Helma Wagner, que mediou as conversas junto aos convidados especiais, além de outros professores da casa.

Abrindo os debates, o major da Polícia Militar do Paraná Valmir de Souza, falou sobre os desafios da polícia na efetivação da segurança pública, por meio da ideia de uma polícia de resultados. Essa concepção prioriza que todas as atividades sejam realizadas com base nos direitos fundamentais e questões éticas e morais.

Para o capitão da Polícia Militar do Paraná, Marcelo Trevisan Karpinski, deve haver uma sinergia entre segurança pública, privada e o senso de justiça. Parafraseando Aristóteles, destacou que, “nada pode ser bom, se não for justo” – o mesmo acontece com a segurança.

O histórico da segurança pública e privada no Brasil, bem como a importância da polícia comunitária, foram discutidos pelo Inspetor da Guarda Municipal de Curitiba Claudio Frederico de Carvalho.  “A ausência de bem querer ao próximo, a falta de atenção, o desamor, são os geradores de qualquer problema de insegurança pública”, reforçou ele, fechando o primeiro dia do evento.

O enfrentamento ao fenômeno corruptivo foi o tema de abertura do segundo e último dia do Segurança em Debate. “Tema espinhoso”, segundo o palestrante Flúvio Cardinelle Oliveira Garcia, delegado da Polícia Federal e doutor em Direito. Para ele, “a corrupção não é tão simples como se pensa, existem diferentes nuances, além de ser um fenômeno histórico”.  São as várias as perspectivas a partir das quais é possível pensar e debater corrupção, como morais, éticas, culturais, políticas, históricas, econômicas, filosóficas, institucionais, sociais, normativas e científicas. “A corrupção é considerada um fenômeno multifacetado e transversal”, relata Garcia.

As transformações tecnológicas também se refletem na discussão sobre segurança. O consultor em segurança coorporativa Romildo Diniz, trouxe o debate para a segurança privada. A melhoria dos processos, com o auxílio e o avanço da indústria da tecnologia, trouxe a necessidade de especialização para os profissionais de segurança privada, em um cenário onde a segurança eletrônica alinhada com o conceito de indústria 4.0 e a internet das Coisas (IoT). “A tecnologia é indissociável do fator humano na garantia de resultados para a redução de riscos no cliente final”, afirma ele.

Em concordância com Romildo, Tatiana H. Wagner enfatizou também que: “Não adianta tanta tecnologia se não tiver gestores e pessoas capacitadas que possam envolver e desenvolver outros colaboradores para que toda essa tecnologia seja efetiva no dia a dia de cada um”.

“Toda ação de segurança privada contribui e muito, para a segurança pública. Assim como toda ação da segurança pública contribui para a segurança privada. São segmentos que caminham juntos. O crime caminha onde nós falhamos, onde não nos comunicamos, e é na falha desta malha protetiva que o crime está. Quanto maior for a integração entre conectividade e tecnologia, maior será a segurança”, conclui Gerson Buczenko.

A diversidade de participação e o engajamento de todos os envolvidos trouxe reflexões importantes sobre como podemos melhorar a segurança a partir de pequenos atos éticos, além da interação colaborativa entre a segurança pública e segurança privada.

O seminário foi transmitido pelo canal no YouTube da Escola Superior de Gestão Pública, Política, Jurídica e Segurança, nos dias 12 e 13 de julho de 2022. É possível acompanhar as transmissões na íntegra neste link.

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Autor: Sandy Lilia Silva - estagiária de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Pixabay e reprodução


7 thoughts on “Segurança pública e segurança privada devem caminhar juntas

  1. Olá!
    Uma materia sobre o Seminário no qual o assunto , discutido por pessoas ligadas a Segurança Publica, ou a Segurança Privada, mostrando como as duas podem , através dos avanços tecnológicos, e de uma boa formação profissional , seguirem juntas no combate ao crime, seja na esfera de competência dos orgaos de Segurança Pública, ou na Segurança Privada , e de grande valia para obtenção de conhecimentos .

  2. PARABENS POR ESSE DEBATE AMPLIOU MAIS MEUS CONHECIMENTOS, PERCEBO QUE AOS POUCOS ESTÃO SENDO QUEBRADO ESSES PARADIGMAS ENTRE SEGURANÇA PÚBLICA E SEGURANÇA PRIVADA. NA REALIDAE O AGRESSOR PRECISA APENAS DE UM ELO MAIS FRACO DA CORRENTE, TANTO NA SEGURANÇAS PRIVADA OU PÚBLICA.

  3. Foi um debate de grande avalia e competência para o meu aprendizado, pois sou vigilante patrimonial e tenho aprendido muito com estas aulas e debate online. Quando se fala de segurança publica ou privada ou jurídica muito me alegra porque a corrupção no nosso pais esta muito grande então entendo que temos que esta sempre bem preparado para as nossas leis e direitos para podermos lutar pelo nosso direito de igualdade dentro da lei.

  4. Muito importante !
    Agrasdeço pelo aprendizado que cada dia mas nos agrega valores.
    “Toda ação de segurança privada contribui e muito, para a segurança pública. Assim como toda ação da segurança pública contribui para a segurança privada. São segmentos que caminham juntos…

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