Remar ajuda a superar as sequelas do câncer de mama

Autor: Diego Alesson Alves - Estagiário de Jornalismo

Estamos no mês de outubro, o mês do movimento internacional de conscientização para o combate ao câncer de mama. Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), esse tumor, também conhecido como neoplasia maligna, é o segundo mais comum entre as mulheres, ficando atrás apenas do câncer de pele, porém é o mais letal.

O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento. Todos os anos são promovidas diversas campanhas na TV e em outras mídias, no período chamado de outubro rosa, para conscientizar as mulheres sobre a necessidade dos exames preventivos.

Antigamente, as pessoas que encerravam o tratamento do câncer de mama eram orientadas a não praticar esportes que exigissem grande força muscular, principalmente na parte superior dos membros. Até que em 1996 um médico canadense, chamado Donald C. McKenzie, realizou uma pesquisa para observar quais riscos esses exercícios ofereciam.

Ao final, não foi identificado nenhum malefício para as participantes, muito pelo contrário, foi possível comprovar que práticas esportivas que fortalecem os braços, como a canoagem, são benéficas para essas mulheres. Os movimentos realizados pela prática esportiva agem como uma drenagem linfática natural, ajudando na prevenção do linfedema, que é o acúmulo de líquido linfático no tecido adiposo.

Para aquelas que recebem o diagnóstico de neoplasia maligna, é necessário entender que não é o fim da linha, mas sim uma batalha a ser travada, como conscientiza Karina Scalia Alves Kulig, que enfrentou o tratamento. Após vencer a luta contra o câncer de mama, ela recebeu do médico a orientação de realizar atividade física.

Karina optou pela canoagem e hoje faz parte do projeto Canohá Dragon Team Curitiba, que é uma equipe de remadoras sobreviventes do câncer de mama e que encontraram no esporte um caminho para ter melhor qualidade de vida. O projeto conta com aproximadamente 25 mulheres, que buscam no esporte uma forma de reabilitação para a mente e para o corpo.

Para aquelas que venceram a luta pela vida, não restam obstáculos insuperáveis. “Nós temos mulheres de 69, nós temos mulheres de 50 e de 57, de todas as idades, e que não são atletas, elas simplesmente têm a coragem de experimentar e de recomeçar”, comenta Karina.

Fátima Fernandes, que desde 2012 faz parte da Federação Internacional de Canoagem, é uma das integrantes do grupo. Ela lembra que existem mais de 200 projetos similares a esse, espalhados pelo mundo, e enfatiza os benefícios da canoagem, como a resistência da água, o fortalecimento dos membros superiores, além do contato com o meio ambiente, fazendo do esporte um aliado na busca pela reabilitação.

Fátima trabalha com outros projetos dentro da canoagem, e percebe melhorias tanto na parte física quanto psicológica das mulheres que participam, trazendo a elas o sentimento empoderamento e realização.

Karina Scalia e Fátima Fernandes contaram suas histórias de vida no programa Cenários do Esporte, exibido na Rádio Uninter, sob o comando dos professores Emerson Micaliski e Wilian Maia. Você pode assistir ao conteúdo na íntegra clicando aqui.

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Autor: Diego Alesson Alves - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: André Alexandre/Reprodução Facebook Canohá Dragon Team Curitiba


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