Relatos de uma contemporaneidade: uma vida espartana

Autor: José Carlos Moraes*

Uma expressão do século XXI e presente na vida de todos é a tão sonhada qualidade de vida. Com certeza, todos já ouviram esta frase e as empresas tem essa preocupação com a vida de seus colaboradores: nossa política de trabalho visa trazer qualidade de vida para os colaboradores e bem-estar a seus familiares; em contrapartida ocorre a melhora da produtividade destes, sua criatividade, saúde física e mental.

Diante das inúmeras atribuições que as pessoas possuem no cotidiano, estas se deparam em muitas das vezes com treinamentos e técnicas que colaborarão com o desempenho e ensinarão um dinamismo para conduzir as situações que ocorrem nas surpresas diárias, afinal, a sensação de que o tempo cronológico urge é uma constante na vida de todos.

Existem muitas fórmulas, treinamentos, dicas, filosofias empresariais sobre administração do tempo e melhor produtividade, contudo, quando chega a hora do show, este ferramental adquirido é deixado de lado, a famosa rotina prevalece e voltamos ao centro do furacão; ficamos a girar, girar, girar, apagando incêndios, um após outro; um círculo vicioso que nos prende e não permite o pensamento além do nosso intelecto com criatividade.

Neste tocante, as estratégias surgem para buscar a tão sonhada qualidade de vida, a produtividade e o tal bem-estar social. Porém, é necessário sair do tal furacão que gira, gira, gira. Diante de tanta tecnologia disponível para facilitar a vida de todos, as obrigações diárias aumentam, facilidades também, porém, é necessário ter iniciativa e assim, emerge uma história da antiguidade e presente na área de humanidades que chama a atenção e muitos a conhecem: viva a sua vida com uma simplicidade espartana.

Afinal, como era de fato a vida em Esparta? Como toda sociedade, as regras existiam e organizavam a sociedade como um todo. Esparta localizava-se na Grécia antiga, a história voltou à tona recentemente com o filme do Rei Leônidas e os 300 de Esparta. Esta sociedade tinha uma disciplina para a educação de todos, militar e social. Seus soldados transmitiam um poder exacerbado, muito treinamento físico, desenvolvimento mental e estratégico para batalhas e já na infância iniciava a educação com um tutor, uma pessoa com mais experiência que conduziria este jovem através dos conhecimentos interdisciplinares, formando uma pessoa forte e capaz de integrar um exército para a defesa do território.

Claro que a força de um exército sem a estratégia de nada adianta e esta sociedade pensava militarmente esta questão para derrotar seus inimigos que tentavam tomar seu território a todo custo. Ao final, sabemos que os 300 de Esparta são derrotados devido a uma traição.

Para nós do século XXI, buscamos sonhos e metas muitas vezes inalcançáveis, temos dificuldades em atingir propósitos diários, e ainda, gerenciar a própria vida diante das lutas que surgem. Desta forma, os espartanos nos servem como exemplo. Viver ativamente, traçando estratégia para nossas conquistas, fortalecendo nosso grupo com positividade e acreditar. Uma pessoa sem ambição, é uma pessoa que não prevalecerá neste mundo competitivo, assim, viva a vida como um espartano. Prepare-se para a luta, crie a estratégia, aprenda novas ferramentas e siga para suas conquistas, fortaleça seu grupo e principalmente, viva muito bem com tudo o que você conquistou e defenda o seu território juntamente com o seu líder e sua equipe.

* José Carlos Moraes é mestre em Teologia, professor da área de Humanidades na licenciatura em Ciências da Religião da Uninter.

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