Relações diplomáticas entre Brasil e China possibilitam aproximação cultural, social e econômica

Autor: Karla Marcolin - estagiária de jornalismo

Os acordos bilaterais entre Brasil e China, aliados à globalização e ao avanço tecnológico, possibilitaram um estreitamento cultural, social e econômico entre as duas nações, localizadas em regiões extremas do planeta.

No entanto, essa proximidade levou a outros desafios, devido às diferenças culturais que separam os dois países. Entre eles está o fenômeno chamado de distância psíquica, definida como: “os fatores, tais como diferenças no idioma, práticas culturais e de negócios, que previnem ou perturbam o fluxo de informação entre a empresa e mercado”, segundo definição de Arenius, autor do artigo intitulado The Psichiq Distance Postulate Revised: From Market Selection to Speed of Market Penetration (O postulado da distância de psíquica revisado: da seleção de mercado à velocidade de penetração no mercado, em tradução livre).

Para superar a distância psíquica, a aprendizagem do mandarim, idioma oficial da China, é essencial. O aprendizado da língua estrangeira pode diminuir a rigidez e ampliar as relações sino-brasileiras. Por conta desse cenário, o chinês figurava como o quinto entre os idiomas mais exigidos pelas empresas brasileiras na hora da contratação de funcionários, de acordo com levantamento publicado no site Época Negócios On Line, em 23 de março de 2016.

O tema é abordado no artigo Novos agentes e relações internacionais: as relações sino-brasileiras e o ensino do mandarim no Brasil durante o governo Dilma Rousseff, de autoria do especialista em Metodologia de Ensino de Português para Estrangeiros pela Uninter Walter do Nascimento Neto. O artigo foi publicado no Caderno da Escola Superior de Gestão Pública, Política, Jurídica e Segurança em 2022, um dos oito cadernos acadêmicos da Uninter.

O Brasil e a China iniciaram relações diplomáticas em 1974, segundo dados do site do Itamaraty. O diálogo bilateral foi estreitado em 2004, com a criação da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN), e, posteriormente, em 2010, com o Plano de Ação Conjunta (PAC) com a finalidade de definir metas, objetivos e orientações às relações bilaterais.

Esta relação foi elevada ao patamar “Parceria Estratégica Global”, em maio de 2015, por meio de uma versão atualizada do Plano de Ação Conjunta (PAC), com vigência entre 2015 e 2021, assinada pela Dilma Rousseff (presidente do Brasil) e pelo Li Keqiang (Primeiro-Ministro da China).

O Plano Decenal de Cooperação (2012-2021), resultado de um Diálogo Estratégico Global entre Ministros das Relações Exteriores, possibilitou a abertura de cooperação cultural e educacional. O intercâmbio entre os povos também foi fomentado com a introdução de dez unidades de institutos Confúcio em cinco regiões do Brasil, entre 2011 e 2016.

A China foi o país que mais importou produtos no Brasil em 2016, período analisado no artigo, adquirindo US$ 4,6 bilhões em mercadorias em maio do mesmo ano.

Nos últimos anos, o país asiático segue com protagonismo nas relações comerciais brasileiras. De acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2021, o volume de comércio e mercadorias entre Brasil e China atingiu US$ 125 bilhões nos três primeiros trimestres de 2021. O número representa um crescimento de 44% em relação ao ano anterior.

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Autor: Karla Marcolin - estagiária de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski


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