Redação do Enem: a relevância do repertório sociocultural

Autor: Edna Gambôa Chimenes (*)

Quando pensamos na “temida” redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a primeira preocupação é como será a estrutura do texto: quantos parágrafos devo utilizar, quais os melhores conectivos, apresentar o tema no primeiro parágrafo, não esquecer da proposta de intervenção etc. Mas para que o texto, dentro desta formatação desejada, seja coeso e consistente, é fundamental que se tenha argumentos sólidos e que fujam do senso comum. E como conseguir isso? Por meio de um bom repertório sociocultural.

A preocupação com esse repertório, normalmente, surge próximo ao período das provas (Enem e vestibulares). Porém, o repertório sociocultural é obtido ao longo de nossa evolução enquanto sujeito, não só educacional, mas em nossa vivência social e cultural. Certamente, o ambiente educacional nos proporciona contato com diversas informações e conhecimentos, fundamentais para nossa base, além de possibilitar a integração com diferentes pessoas – colegas, professores e demais agentes que compõem uma instituição. Mas é o dia a dia que possibilita o constante aprendizado, conhecendo e vivenciando problemas sociais, compreensão cultural e histórica (mesmo quando se trata de um ambiente familiar), discussões políticas, religiosas, entre tantas outras temáticas.

Com isso, nota-se uma grande influência de diferentes setores e pessoas na formação de nosso repertório sociocultural. Obras literárias, notícias, séries, documentários, palestras ou textos históricos certamente farão com que seu conhecimento seja ampliado e aprofundado. E isso refletirá na produção textual.

Não basta apenas encher seu texto de informações, forçando conexões, para que consiga utilizar alguns dados e citações. É preciso pensar e selecionar o que realmente é relevante para aquela temática para que o leitor compreenda a mensagem a ser transmitida. Além disso, o texto deve ser pensado como algo único, linear, evitando fugir do tema e conseguindo manter a estrutura básica, sempre com o foco na utilização do seu repertório sociocultural.

Assim, apresentar esses conhecimentos, além de ser de grande relevância para sua formação pessoal, ajudará em uma argumentação concisa e na elaboração de proposta de intervenção eficaz, fugindo de conceitos rasos e resultando em uma nota acima da média – o que, obviamente, é buscado pelos candidatos ao realizarem esse tipo de avaliação.

(*) Edna Gambôa Chimenes é graduada em Letras e Pedagogia, mestre em Estudos de Linguagens e tutora dos cursos de Pós-Graduação na Área de Comunicação do Centro Universitário Internacional Uninter.

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Autor: Edna Gambôa Chimenes (*)


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